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Terapia Felina

O poder terapêutico dos gatos

Estudos comprovam os efeitos terapêuticos dos felinos, que, com sutileza e presença, transformam vidas e acalmam mentes

Foto: Freepik

Outro dia, estava deitada no sofá, a Grey enroscada na minha barriga, o Wolverine esparramado ao lado e a Tempestade ocupando minha cabeça como se fosse uma almofada. E ali, no silêncio do fim da tarde, pensei: como esses bichanos mudaram a minha vida.

Não só me fizeram rir e me deram companhia, mas acalmaram minha mente em momentos em que o mundo lá fora parecia desabar. E isso não é só coisa de tutora apaixonada por gatos. A ciência já comprovou: a convivência com felinos pode ter efeitos terapêuticos reais.

Estudos mostram que a interação com gatos pode reduzir significativamente os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Ao mesmo tempo, aumenta-se a produção de serotonina e dopamina, os famosos “hormônios da felicidade”.

Aquela cena clichê do gato ronronando no colo, na verdade, tem um impacto profundo no nosso corpo. O som do ronronar, inclusive, já foi estudado por ter frequências que estimulam a cura de tecidos e ossos. E me diga: existe trilha sonora melhor pra um dia difícil?

Muita gente associa o efeito terapêutico apenas a cães, talvez porque eles sejam mais exuberantes, expansivos. Mas os gatos oferecem uma companhia mais sutil, mais silenciosa e, às vezes, mais poderosa.

A presença deles não exige nada — apenas o aqui e agora. E isso, pra uma mente ansiosa, vale ouro. Eu sempre digo: a Grey me ensinou a respeitar o tempo das coisas, o Wolverine me ensinou que tudo bem ser intenso, e a Tempestade me mostra, todos os dias, que existe beleza mesmo nas cicatrizes.

Além do apoio emocional, há até programas internacionais que utilizam gatos em terapias assistidas — especialmente com idosos e pessoas com transtornos como depressão e autismo. O simples ato de acariciar um gato pode gerar um estado de relaxamento imediato. E, pra quem vive sozinho, o laço que se forma com o felino pode ser tão profundo quanto qualquer relação humana.

Mas atenção: o efeito terapêutico só acontece de verdade quando respeitamos a natureza dos gatos. Eles não são bichinhos para manipular como quisermos. São seres sensíveis, com vontades próprias. Se forem forçados, se sentirem medo ou desconforto, o efeito pode ser o contrário. O segredo está no vínculo construído com tempo, respeito e presença. E é isso que torna essa conexão tão especial.

Se você já tem um gato, sabe exatamente do que estou falando. Se ainda não tem e pensa em adotar, saiba que, mais do que companhia, você pode estar ganhando um terapeuta silencioso, de olhos atentos e coração gigante. E com certeza ele vai te transformar de maneiras que você nem imagina.

E no fim das contas, talvez o maior presente seja esse: quando a vida aperta, os boletos chegam, o mundo grita — basta um ronronar, um toque de patinha, um olhar felino… e tudo parece voltar ao eixo. Porque, sim, os gatos curam. À sua maneira. E no tempo deles.

Leia mais: A picadinha que livra nossos gatos de doenças graves

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