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Brasil e EUA realizam primeira reunião após ‘tarifaço’ de Trump

Diplomatas brasileiros discutem semanalmente com os EUA a reversão de tarifas sobre aço e alumínio

Bandeiras dos Brasil e dos Estados Unidos • US Embassy/Reprodução

Diplomatas brasileiros se reuniram em Washington, na última quinta-feira (11), com representantes do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Esse foi o primeiro encontro bilateral desde que o presidente Donald Trump anunciou um novo pacote de tarifas recíprocas.

Técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) participaram da reunião de forma virtual.

Reuniões semanais

Fontes envolvidas nas negociações informaram à CNN que os encontros têm ocorrido semanalmente. Eles fazem parte de um grupo de trabalho bilateral criado antes mesmo do anúncio das novas tarifas recíprocas. Apesar da frequência dos encontros, não há um prazo definido para a conclusão das negociações.

Postura instável de Trump

Técnicos do governo brasileiro avaliam que uma resolução imediata é improvável, devido à instabilidade nas decisões do governo Trump. Ainda assim, destacam que o canal de diálogo entre os países está consolidado.

O foco da equipe brasileira tem sido mostrar que o Brasil não representa risco comercial aos Estados Unidos. Para isso, a principal estratégia tem sido enfatizar o superávit comercial norte-americano na relação bilateral.

Aço e alumínio são prioridade nas negociações

A reversão da tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio é considerada a medida mais viável no momento. O governo brasileiro prioriza esse tema nas discussões, sendo a abertura de uma cota uma possível alternativa.

Atualmente, todas as tarifas recíprocas estão limitadas a 10% por três meses — mesmo percentual já aplicado ao Brasil.

Coordenação do governo federal

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lideram as negociações com os Estados Unidos.

No entanto, nenhuma decisão ocorre sem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar das críticas públicas feitas por Lula à postura de Donald Trump, todas as posições são previamente alinhadas com o presidente.

Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad, também são consultados frequentemente antes dos encontros bilaterais.

(*) Com informações da CNN Brasil

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