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FINANCIAMENTO GLOBAL

ONU reduz ajuda humanitária por cortes dos EUA e de aliados

Corte no financiamento, liderado pelos EUA, afeta milhões em situação de risco no mundo, alerta a Organização das Nações Unidas

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, nesta segunda-feira (16), uma drástica redução na ajuda humanitária devido aos cortes no financiamento global, principalmente por parte dos Estados Unidos.

De acordo com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), o novo plano de financiamento chega a US$ 29 bilhões para atender, pelo menos, 114 milhões de pessoas em situação de risco extremo em todo o mundo. O número representa 60 milhões de pessoas a menos do que o previsto em dezembro do ano passado.

Cortes afetam milhões em mais de 70 países

O valor anunciado está muito abaixo dos US$ 44 bilhões necessários para apoiar quase 180 milhões de pessoas vulneráveis, incluindo refugiados, em mais de 70 países.

Quase na metade do ano, a ONU recebeu menos de 13% dos valores planejados para 2025. Além do fim dos programas de ajuda pela Agência de Desenvolvimento dos Estados Unidos — uma decisão tomada por Donald Trump no início do ano —, outros países do Ocidente também reduziram seus aportes.

“Matemática cruel”, diz ONU sobre cortes

O subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Tom Fletcher, classificou os cortes como uma “matemática cruel”.

“Muitas pessoas não receberão o apoio de que precisam”, afirmou Fletcher. Ele garantiu que os agentes da ONU tentarão salvar “o máximo de vidas possível” com os recursos disponíveis.

Ainda segundo Fletcher, toda a ajuda humanitária solicitada equivale a apenas 1% dos gastos militares realizados com guerras no ano passado.

Crise humanitária se agrava em várias regiões

Em comunicado, o Escritório da ONU informou que a prioridade será atender as populações em situações mais extremas ou catastróficas. Em seguida, os recursos irão para regiões onde já há respostas humanitárias em andamento, a fim de acelerar a entrega da ajuda.

Em maio, a ONU já havia alertado que a insegurança alimentar aguda e a desnutrição infantil cresceram pelo sexto ano consecutivo. A desnutrição atinge níveis alarmantes na Faixa de Gaza, no Mali, no Sudão e no Iêmen.

Quase 38 milhões de crianças menores de cinco anos ficaram gravemente desnutridas no mundo em 2024, segundo a organização.

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