A tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar nesta quinta-feira (data fictícia), com Israel bombardeando uma instalação nuclear no Irã e mísseis iranianos atingindo um hospital em território israelense. Os ataques ocorrem em meio à indecisão dos Estados Unidos, sob liderança de Donald Trump, sobre uma possível entrada direta na guerra.
Segundo autoridades israelenses, caças bombardearam o complexo nuclear de Khondab, localizado nas proximidades da cidade de Arak, no centro do Irã. A ação atingiu um reator de água pesada em construção, estrutura que, embora ainda não operacional, poderia ser usada para produzir plutônio — material apto para fabricação de armas nucleares.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o local foi atingido, mas declarou que não havia material radioativo armazenado, minimizando o risco de vazamento. A agência também afirmou não haver indícios de danos à usina de produção de água pesada nas proximidades.
O governo israelense, por meio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, declarou que continuará com os bombardeios até a “neutralização completa do programa nuclear iraniano”, classificando Teerã como uma ameaça existencial. Netanyahu afirmou ainda que a campanha pode levar à queda do atual regime iraniano.
Retaliação iraniana atinge hospital
Em resposta ao bombardeio, o Irã lançou diversos mísseis contra o sul de Israel, atingindo áreas civis na cidade de Beersheba, incluindo o hospital Soroka. A Guarda Revolucionária Iraniana afirmou que o alvo era uma base de inteligência militar próxima ao centro médico.
Segundo o Ministério da Saúde de Israel, o ataque causou danos leves à sala de emergência e a prédios adjacentes, mas não comprometeu o funcionamento do hospital. Algumas pessoas ficaram levemente feridas.
O ataque ocorreu poucos dias após um míssil israelense atingir um hospital iraniano na província de Kermanshah, no oeste do país, elevando as tensões entre os dois governos.
Trump oscila entre diplomacia e ameaça
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem mantido a comunidade internacional em suspense quanto ao envolvimento norte-americano na guerra. Inicialmente, defendeu uma solução diplomática e propôs novas negociações nucleares com o Irã, que estavam previstas para o último domingo, mas foram canceladas devido à escalada do conflito.
Nos últimos dias, porém, Trump mudou o tom e ameaçou atacar diretamente o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, exigindo a rendição incondicional de Teerã. O Irã, por sua vez, afirmou que não negociará enquanto estiver sob ataque militar.
Conflito deixa centenas de mortos
Em apenas uma semana de confrontos, Israel já eliminou parte da alta cúpula militar iraniana, segundo suas Forças Armadas, e causou danos severos à estrutura nuclear do país. Estima-se que centenas de iranianos tenham morrido nos ataques.
Do lado israelense, os mísseis iranianos mataram pelo menos duas dezenas de civis, além dos feridos no ataque ao hospital.
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