As autoridades da Indonésia encontraram, nesta segunda-feira (23), a turista brasileira Juliana Marins, que se acidentou na cratera de um vulcão no país. A Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia (Basarnas) localizou Juliana com a ajuda de um drone com sensor térmico, às 7h05 do horário local (20h05 de domingo, no horário de Brasília).
Juliana caiu em um penhasco no sábado (21), enquanto caminhava por uma trilha que margeia a cratera do monte Rinjani, um vulcão ativo. Segundo a Basarnas, ela está a cerca de 500 metros do ponto onde sofreu a queda, na área de Cemara Nunggal.
As equipes encerraram o terceiro dia de buscas na noite desta segunda-feira (23), no horário local (madrugada no horário de Brasília), por causa das condições meteorológicas adversas.
A Basarnas informou que vai enviar um helicóptero na manhã de terça-feira (24), no horário local, com integrantes de seu grupo especial para resgatar Juliana.
“A gente segue na esperança de que a Juliana seja resgatada e volte bem para casa”, disse Mariana Marins, irmã da turista, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Mariana vem criticando as autoridades da Indonésia pelas informações desencontradas, pela falha no planejamento e pela demora no resgate da irmã.
“Eles seguem muito lentos. No primeiro dia de resgate, eles demoraram 17 horas para chegar ao local, dez horas a mais que o tempo que eles deveriam levar. Para a gente, está sendo um absurdo essa parte do resgate”, afirmou. “A Juliana está lá sozinha mais uma noite [na Indonésia], sem comida. Ela não recebeu comida nenhuma, água nenhuma, agasalho nenhum.”
A família espera que um alpinista experiente, que conhece a região, consiga chegar até Juliana ainda na noite desta segunda-feira (no horário local).
“Ele já chegou no parque [Monte Rinjani] e está indo até o ponto onde a Juliana caiu, para ele poder descer e conseguir o resgate de Juliana junto com a equipe. E ele está com um companheiro de alpinismo também”, relatou Mariana.
Ela também criticou o comportamento do guia que acompanhava o grupo de turistas, por ter deixado Juliana para trás. “No segundo dia [da trilha], ela ficou cansada, falou que não sabia se conseguiria subir. Vi entrevistas com montanhistas que dizem que isso acontece com frequência, porque é uma altitude de mais ou menos 3 mil metros, com poeira de vulcão. E uma fatalidade aconteceu.”
Segundo Mariana, Juliana viaja como mochileira desde fevereiro. Apesar do bom preparo físico, ela não era especialista em montanhismo. “Ela estava ali como qualquer turista, para conhecer o local, pela vista. No grupo dela, ninguém era especialista em nada de montanhismo, porque esse é um passeio que é vendido como um passeio para turistas, que vão com um guia para conhecer o local.”
Mariana também cobra que o governo brasileiro pressione a Indonésia para agilizar o resgate.
“A gente precisa de agilidade. Tudo o que a Juliana precisa é de velocidade. Tudo o que ela não tem agora é tempo”.
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