A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram os responsáveis pela morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37. O crime, ocorrido em março deste ano, em Ribeirão Preto, foi classificado como homicídio qualificado e teria sido premeditado, segundo o inquérito. Ambos foram indiciados e o caso foi encaminhado à Justiça.
Crime premeditado e motivado por dívidas
Durante coletiva de imprensa, os delegados responsáveis revelaram que o crime teve motivação financeira. Análises nos celulares dos suspeitos revelaram mensagens contraditórias aos depoimentos prestados e a existência de dívidas, inclusive relacionadas a apostas online.
O inquérito revelou que, no dia da morte de Larissa, Luiz Garnica avisou sua amante sobre o falecimento antes mesmo de chamar a polícia. Além disso, testemunhas relataram que Larissa vinha se queixando de mal-estar por semanas, mas era impedida pelo marido de procurar atendimento médico.
Sinais de ocultação de provas
Larissa foi encontrada sem vida no dia 22 de março, no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto. Segundo a polícia, o médico já encontrou o corpo da esposa em rigidez cadavérica e tentou limpar o local, atitude interpretada como uma tentativa de ocultar provas da perícia.
A polícia também ouviu testemunhas que relataram comportamento suspeito da mãe do médico. Aproximadamente 15 dias antes da morte, Elizabete Arrabaça teria sido vista tentando comprar “chumbinho”, substância tóxica comum em casos de envenenamento.
O primeiro depoimento da sogra da vítima também levantou suspeitas. Ela afirmou ter sido convidada para uma conversa por Larissa na noite anterior ao crime, mas provas e investigações contradisseram essa versão.
Prisões e investigação bancária
Com base nas evidências reunidas, a Polícia Civil solicitou e obteve a prisão preventiva de Luiz Antonio Garnica e sua mãe no dia 6 de maio. Os telefones celulares apreendidos estão sendo analisados para detalhar a motivação do crime.
Outro elemento que reforça a suspeita é a movimentação da conta bancária da vítima após sua morte, conforme relatado pelo advogado da família, Matheus Fernando da Silva.
“Há indícios claros de premeditação e ocultação. A família espera justiça”, afirmou o advogado.
(*) Com informações da CNN Brasil
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