A Fifa decidiu distribuir ingressos gratuitamente para torcedores nas partidas do mata-mata do Mundial de Clubes 2025. A medida busca evitar arquibancadas vazias e tenta elevar a média de público da competição, que até agora tem registrado presença modesta nos estádios.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, nas oitavas de final o torneio registrou um público total de cerca de 342 mil pessoas, com média de 42.750 torcedores por jogo. No entanto, a média geral da competição até o momento é inferior: 35.890 pessoas por partida.

Jogo do Fluminense teve menor público

O confronto entre Fluminense e Inter de Milão, realizado em Charlotte, foi o que apresentou o menor número de torcedores nas oitavas. Apenas 20.030 pessoas compareceram, o equivalente a pouco mais de 26% da capacidade total do estádio. Apesar do baixo público, os tricolores celebraram uma vitória histórica.

Para amenizar a baixa presença, a Fifa adotou ações diretas. Torcedores que assistiram a partidas com paralisações ou baixa ocupação ganharam ingressos extras. Quem esteve no jogo entre Benfica e Chelsea, por exemplo, recebeu até quatro bilhetes após a partida ser interrompida por duas horas devido a uma tempestade. No final, o time inglês venceu por 4 a 1 na prorrogação.

Outro caso semelhante ocorreu na partida entre PSG e Inter Miami. O público presente ganhou dois ingressos para acompanhar Borussia Dortmund x Monterrey, que terminou com vitória dos alemães por 2 a 1.

Fifa nega preocupação para a Copa de 2026

Mesmo com os números aquém do esperado, a Fifa descarta qualquer alarme em relação à organização da Copa do Mundo de 2026, que também terá os Estados Unidos como sede principal, ao lado de Canadá e México. O histórico da Copa de 1994, também nos EUA, continua sendo o recordista de público, com média de 68.626 espectadores por partida.

Para efeito de comparação, o Mundial do Catar, em 2022, teve média de 53.191 torcedores por jogo, com uma ocupação de 96,3% da capacidade dos estádios.

Por que o público tem sido baixo?

Entre os fatores apontados por especialistas, estão o desinteresse dos europeus pelo Mundial de Clubes, a baixa divulgação do torneio em solo americano e a concorrência com outras ligas em reta final nos EUA, como NBA e NHL.

Apesar do novo formato, mais próximo de uma Copa do Mundo de seleções, a edição 2025 ainda enfrenta o desafio de se firmar como um evento atrativo para o grande público — especialmente fora do eixo tradicional do futebol.

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