O Amazonas conseguiu diminuir os registros de vírus respiratórios em 2025. De janeiro até 2 de agosto, o estado notificou 918 casos de SRAG ligados a vírus, número que representa uma queda de 34,6% em comparação com o mesmo período de 2024, quando houve 1.403 registros.

Além disso, as mortes também diminuíram. Neste ano, foram 47 óbitos causados por vírus respiratórios. Já em 2024, o total chegou a 64. Com isso, a queda foi de 26,6%.

Entre os casos mais recentes, Covid-19 e influenza A lideraram as causas de morte, com 20 registros cada. Por outro lado, o estado também identificou óbitos por rinovírus (4), influenza B (2) e parainfluenza (1).

Bebês seguem como os mais atingidos

Nas últimas três semanas, de 13 de julho a 2 de agosto, a maior parte dos casos ocorreu entre bebês com menos de um ano, que concentraram 52% das notificações. Em seguida, vieram as crianças de 1 a 4 anos, com 24%. Idosos com 60 anos ou mais representaram 8%.

Já as demais faixas etárias somaram percentuais menores:

  • 5 a 9 anos: 6%
  • 10 a 19 anos: 5%
  • 20 a 39 anos: 3%
  • 40 a 59 anos: 3%

Dessa forma, os dados reforçam o maior impacto entre as faixas mais jovens.

Rinovírus lidera os exames

Entre os exames realizados nas últimas semanas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), o rinovírus apareceu com mais frequência. Ele foi detectado em 49,1% das amostras analisadas.

Logo em seguida, outros vírus também apareceram com destaque:

  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 37,8%
  • Coronavírus (SARS-CoV-2): 18,6%
  • Adenovírus: 8,6%
  • Metapneumovírus: 2,9%
  • Influenza A: 2,8%
  • Influenza B: 0,2%

Esses resultados mostram que a circulação viral segue diversa, mesmo com os números em queda.

Estratégias ajudam a desafogar emergências

Hoje, a rede estadual de saúde conta com 17 unidades de referência para atender pacientes com SRAG. Nessas unidades, profissionais fazem triagens, aplicam testes rápidos para Covid-19 e solicitam exames laboratoriais e de imagem, dependendo do quadro do paciente.

Para complementar esse atendimento, o programa Alta Oportuna, implantado nos prontos-socorros infantis, vem atuando com foco na recuperação em casa. Após a alta, os pais recebem um kit com medicamentos e orientações. Dessa forma, o programa ajuda a reduzir novas idas ao hospital e ainda colabora para aliviar o sistema de urgência e emergência.

Por isso, a Secretaria de Saúde orienta que os primeiros sintomas gripais sejam tratados nas Unidades Básicas de Saúde. Já os quadros mais graves devem ser encaminhados diretamente aos hospitais.

Cuidados continuam fundamentais

Apesar da redução nos casos, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, reforça que os cuidados diários ainda são necessários. Segundo ela, medidas simples fazem a diferença: higienizar as mãos, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e evitar aglomerações.

Além disso, o uso de máscara continua recomendado. Pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, quem convive com doentes ou faz parte de grupos de risco, como idosos ou imunossuprimidos, devem manter a proteção.

Por fim, a vacinação segue como aliada no combate às doenças respiratórias. As vacinas contra Covid-19 e Influenza estão disponíveis em todo o estado e ajudam a evitar complicações graves.

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