O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Amazonas, deputado estadual Sinésio Campos, foi vaiado nesta quarta-feira (20) durante um evento realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus.

O episódio ocorreu quando o parlamentar foi chamado para compor a mesa cerimonial. Ao ter o nome anunciado, parte do público reagiu com vaias repetidas, interrompendo o protocolo do encontro. Para evitar o constrangimento, ele não se sentou à mesa imediatamente, somente após outros convidados.

O evento contou com a presença da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que participou como enviada especial das mulheres em prol da COP30. Ela esteve no Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia, realizado no campus da universidade.

As vaias contra Sinésio Campos chamaram atenção pelo contexto político local, já que o deputado é uma das principais lideranças do PT no Amazonas.

Possíveis motivações das vaias

Entre os presentes estavam estudantes, professores, pesquisadores e membros da comunidade acadêmica. Analistas locais apontam que as vaias podem estar relacionadas à posição política de Sinésio Campos sobre temas ambientais.

O deputado já defendeu publicamente a mineração em terras indígenas, incluindo áreas tradicionalmente ocupadas pelo povo Mura, em Autazes (AM). Como o evento tinha foco em questões climáticas e ambientais ligadas à COP30, essa postura pode ter gerado resistência entre os participantes que vaiaram o político.

Além disso, o público presente não era majoritariamente ligado ao PT, mas formado em grande parte por acadêmicos e cientistas, o que reforça a hipótese de que as vaias refletem mais o conflito entre discurso político e pautas ambientais do que uma rejeição partidária direta.

Após as vaias, o deputado saiu de “fininho” do evento, segundo informações de fontes ao Portal Em Tempo.

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