Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20) pela consultoria Quaest indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem registrado sinais de recuperação em meio aos embates com os Estados Unidos de Donald Trump no cenário pós-tarifaço.

Segundo o levantamento, 46% dos eleitores aprovam o governo, enquanto 51% desaprovam. Em comparação, em julho, os índices eram de 43% de aprovação e 53% de desaprovação, mostrando uma melhora gradual nos últimos meses.

Avaliação do governo também cresce

A pesquisa revela avanço na avaliação do trabalho do governo: agora, 31% dos entrevistados consideram o desempenho “positivo”, contra 28% em julho. As avaliações negativas e regulares apresentaram ligeira queda, indicando maior percepção positiva entre a população.

Além disso, a comparação com a gestão anterior de Jair Bolsonaro (PL) apresenta inversão de cenário: 43% dos entrevistados avaliam o governo Lula como melhor, enquanto 38% consideram o governo anterior superior. Esse dado representa uma mudança significativa desde março deste ano, quando mais pessoas apontavam desempenho inferior do petista em relação ao ex-presidente.

Preços dos alimentos impactam percepção

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, destaca que a melhora nos números também está relacionada à percepção da população sobre preços dos alimentos. A pesquisa mostra que 60% dos brasileiros afirmam que os preços subiram no último mês, o menor índice desde dezembro de 2023. Em março, 88% reclamavam da alta, percentual que caiu para 79% em maio e 76% em julho.

Nunes observa que a percepção de melhora nos preços, associada à ausência de crises recentes do PIX e do INSS, contribui para o aumento da popularidade do governo. “Os efeitos positivos da estabilização dos preços são percebidos em todas as regiões do país e refletem na avaliação do governo”, afirmou.

O pesquisador também destacou a importância da resposta do governo Lula ao tarifaço de Trump, apontando que a atuação petista se diferencia das reações da direita e da extrema-direita no cenário político brasileiro.

Detalhes da pesquisa

O levantamento foi contratado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 eleitores entre 13 e 17 de agosto e apresenta margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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