Manaus (AM) – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (22) que estará em Manaus no dia 9 de setembro para inaugurar o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.
O espaço reúne representantes das polícias dos oito países que compartilham a Floresta Amazônica e já funciona como base de inteligência no combate ao crime organizado na região.
A declaração do mandatário ocorreu durante a reunião da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), realizada nesta sexta em Bogotá, Colômbia. Na ocasião, Lula disse que convidará pessoalmente os presidentes dos países amazônicos para participar da cerimônia em Manaus.
“No dia 9 de setembro, pode colocar na sua agenda, companheiro Gustavo Petro (presidente da Colômbia), nós vamos inaugurar na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, onde estarão participando todos os países”, declarou.
Segundo ele, o órgão será essencial para enfrentar crimes que afetam a floresta. “É uma coisa muito importante para combater o garimpo ilegal, narcotráfico, contrabando de armas e qualquer outra coisa que nos perturbe”, afirmou Lula.
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O centro
O Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia está em operação desde junho, mas a inauguração oficial contará com a presença dos chefes de Estado dos países da região. São membros da OTCA: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Visita de Janja ao Amazonas
Dias antes do anúncio, a primeira-dama Janja da Silva esteve em Manaus, entre 18 e 20 de agosto, onde visitou comunidades ribeirinhas como enviada especial das mulheres em prol da COP30. A agenda fez parte das preparações do Brasil para a conferência do clima que será realizada em Belém, em 2025.
Além disso, ela participou do ‘Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia com a Presidência da COP30’, realizado com apoio da Presidência da República na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Carta estratégica da ciência amazônica
No evento, Janja e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, receberam uma carta estratégica elaborada por pesquisadores da Amazônia. O documento, produzido por mais de 70 instituições acadêmicas, centros de pesquisa e representantes da sociedade civil, destaca soluções concretas e adaptadas à realidade amazônica, além de reforçar a necessidade de investimentos estruturantes em ciência, tecnologia e inovação.
“A floresta viva é a floresta viva com os povos da floresta. Queremos desenvolver programas e pesquisas científicas que levem dignidade entre as florestas”, afirmou Janja ao receber a carta. A entrega marcou a participação ativa da comunidade científica nas discussões preparatórias para a COP30.
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