Duas pessoas foram presas em flagrante por maus-tratos a animais e participação em rinha de galos em Manaus. A ação foi coordenada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), em conjunto com a Polícia Militar (PMAM), Guarda Civil Municipal (GCM), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet).
Os presos são uma mulher de 43 anos e um homem de 25 anos. Ambos foram autuados e permanecem à disposição da Justiça. Durante as diligências, outros dois homens também foram detidos em diferentes locais, igualmente por maus-tratos a animais.
Segundo o delegado Guilherme Antoniazzi, adjunto da Dema, as prisões ocorreram após denúncias confirmadas em bairros da zona norte de Manaus. Em uma das operações, realizada pelo Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), os agentes encontraram drogas e galos supostamente utilizados em brigas clandestinas.
“Durante a abordagem, os agentes do Denarc nos acionaram, pois havia galos no local que supostamente seriam usados em briga de rinha. No dia seguinte, fomos até o imóvel e encontramos vários galos, galinhas e pintinhos”, explicou Antoniazzi.
Além das aves, a polícia encontrou uma cadela com um grande tumor, em estado grave, que foi resgatada e encaminhada para atendimento veterinário. Em outro imóvel, mais de 70 aves da raça Mura — comumente usadas em rinhas — estavam presas em gaiolas, algumas feridas e sem alimentação adequada.
“Essas aves são da raça Mura, específica para rinhas de galos. Encontramos animais debilitados, sem comida, e até medicamentos e anabolizantes que podem ter sido usados para aumentar o desempenho dos galos durante os combates”, detalhou o delegado.
No bairro Cidade Nova, na comunidade Riacho Doce, outra rinha foi desarticulada, com 60 galos preparados para o combate. Um suspeito foi autuado por maus-tratos e jogos de azar. Ele alegou receber R$ 500 para cuidar dos animais.
A polícia também apreendeu três jabutis, um papagaio e uma arma caseira. Outra ocorrência investigada revelou uma cadela que era mantida em situação de abandono, chegando a se alimentar do corpo de outro cachorro que havia morrido no mesmo local.
As investigações indicam que algumas das rinhas eram transmitidas ao vivo pela internet, e a Polícia Civil seguirá com diligências para identificar outros envolvidos.
Leia mais:
Polícia ‘desarticula’ rinha de galo e 25 pessoas são detidas
