A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (11) conceder liberdade a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, um dos réus condenados na ação penal da trama golpista. Cid foi condenado a 2 anos de prisão, mas teve direito ao regime aberto.

O benefício foi sugerido pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, após o colegiado iniciar a fase de dosimetria das penas dos réus. Segundo Moraes, a colaboração premiada de Cid foi efetiva e deve ser valorizada, entendimento seguido pelos demais ministros.

Condenações da trama golpista

Mais cedo, por 4 votos a 1, o colegiado condenou Bolsonaro, Mauro Cid e mais seis réus pelos crimes de:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência
  • Grave ameaça
  • Deterioração de patrimônio tombado

A exceção é Alexandre Ramagem, condenado apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele teve parte das acusações suspensas, respondendo a três dos cinco crimes imputados pela PGR.

Quem são os réus

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
  • Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice em 2022
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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