A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) promove até esta quinta-feira (23) a Capacitação em manejo de morcegos da espécie Desmodus rotundus em Tabatinga, a 1.108 km de Manaus. O curso tem foco em áreas indígenas e ribeirinhas, contribuindo para a prevenção e o controle de zoonoses na região.
Organizado pela Gerência de Zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) da FVS-RCP, o treinamento começou na segunda-feira (20) e reúne profissionais de Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Tonantins. Participam também técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões e Vale do Javari e serviços municipais de zoonoses.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a capacitação mantém os profissionais atualizados nas práticas de vigilância e controle. “O manejo correto e o controle populacional desses animais, por meio da captura, são medidas preventivas essenciais para evitar incidentes e proteger a saúde das comunidades. Ao mesmo tempo, essas ações respeitam o equilíbrio ambiental, o que torna a troca de conhecimento técnico tão importante”, explica.
Para o médico veterinário de Zoonoses da FVS-RCP em Tabatinga, Deugles Cardoso, prevenir a raiva humana de transmissão silvestre é uma prioridade. “A captura e o controle desses morcegos são fundamentais para proteger a saúde pública da região”, afirma.
Treinamento em campo
O veterinário da Semsa de Atalaia do Norte, Eduardo da Silva, que atua no Vale do Javari, ressalta a importância prática e teórica do curso.
“A capacitação é essencial, pois na região há frequentes agressões e espoliações causadas por morcegos hematófagos, tanto em áreas ribeirinhas quanto em comunidades indígenas. O curso foi um momento valioso de aprendizado, unindo teoria e prática no manejo desses animais, especialmente da espécie Desmodus rotundus”, afirma Eduardo.
Morcegos hematófagos
Os morcegos da espécie Desmodus rotundus se diferenciam por se alimentar de sangue, podendo espoliar tanto animais quanto humanos. Esse comportamento aumenta o risco de transmissão do vírus da raiva através da saliva, reforçando a necessidade de controle e manejo adequado.
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