Polícias Civil e Militar do Amazonas apreenderam cerca de 700 quilos de cocaína, avaliados em R$ 57 milhões, em uma lancha nas proximidades de Codajás, a 240 quilômetros de Manaus. A ação ocorreu na sexta-feira (31/10) e envolveu uma operação coordenada por DRCO, COE, Denarc, Deflu, Core-AM, FICCO e Base Arpão.

O governador Wilson Lima acompanhou a apresentação da apreensão e ressaltou a importância do resultado:

“É mais um importante golpe ao crime organizado, um trabalho organizado pelos nossos homens do DRCO, juntamente com a COE e toda a Polícia Civil envolvida nessa operação. É mais um dia ruim para o crime organizado e um dia bom para o povo do Amazonas.”

Golpe estratégico ao crime organizado

O secretário de Segurança, Vinícius Almeida, destacou que a ação ajudou o Amazonas a ultrapassar 38 toneladas de drogas apreendidas entre janeiro e outubro, superando o total do mesmo período do ano passado:

“As interceptações realizadas pelo DRCO e COE mostram que estamos pressionando continuamente as organizações criminosas e impactando sua logística financeira.”

O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, afirmou que a operação fortalece a integração entre Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal, atingindo diretamente a principal fonte de renda das quadrilhas:

“Essa apreensão é resultado de inteligência integrada entre DRCO e Denarc, com apoio da COE. Juntos, impusemos um prejuízo de R$ 57 milhões ao crime organizado.”

Confronto e materiais apreendidos

Durante a abordagem, os suspeitos trocaram tiros com a COE e fugiram para a mata, abandonando a lancha com a droga. Além dos 700 kg de cocaína, foram apreendidos o bote usado no transporte e munições calibre 5.56, possivelmente para escolta armada.

O subcomandante-geral da PMAM, coronel Thiago Balbi, explicou que a ação visa desestruturar o braço financeiro das organizações criminosas, dificultando a manutenção das atividades ilícitas.

Investigações e qualificação policial

As investigações continuam para identificar todos os responsáveis pelo transporte do entorpecente. A delegada Ana Cristina, da Diretoria de Operações e de Inteligência (Diopi) da Senasp, ressaltou que a qualificação dos policiais, por meio do Curso de Investigação Financeira e Análise Patrimonial (Cifap), tem permitido ações mais eficazes contra o crime organizado, atingindo tanto o tráfico quanto o patrimônio das quadrilhas.

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