Testemunhas do caso Hytalo Santos e do marido dele, Israel Vicente, réus por produzir conteúdos pornográficos com adolescentes, foram ouvidas nesta terça-feira (4), durante a primeira audiência de instrução sobre o processo. A sessão aconteceu no Fórum Criminal de Bayeux.

Nessa sessão, foram ouvidas seis testemunhas de defesa e duas testemunhas de acusação. De acordo com o advogado de Hytalo Santos, nem o influenciador nem o marido dele foram ouvidos na audiência e só serão interrogados em sessões posteriores.

O advogado confirmou que protocolou durante a audiência de instrução um pedido para revogação de prisão. O Ministério Público da Paraíba (MPPB), que faz a acusação, protocolou outro pedido para manter a prisão do casal.

Juiz analisa pedidos de prisão e liberdade

Responsável pelo caso, o juiz Antônio Rudimacy, da 2ª Vara Mista de Bayeux, pediu para analisar os pedidos, mas não deu um prazo para que uma decisão, de aceite pela liberdade ou para manutenção da prisão, seja tomada.

O casal está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como presídio do Roger, desde que foram transferidos para a Paraíba, em agosto, após prisão em São Paulo.

Denúncia e desmembramento do processo

A 2ª Vara Mista de Bayeux aceitou parcialmente a denúncia e tornou réus Hytalo Santos e o marido dele, Israel Nata Vicente, conhecido como Euro, por produção de conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes.

Essa decisão determinou o desmembramento do processo, de forma que outros três crimes relacionados à exploração sexual e imputados aos investigados devem ser analisados pela Vara Criminal do município.

Acusações e investigação do Gaeco

O influenciador Hytalo Santos e o marido dele foram denunciados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) pelos crimes de tráfico de pessoas, produção de material pornográfico e favorecimento da prostituição e exploração sexual de vulneráveis.

De acordo com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pelas investigações, a apuração revelou um modus operandi estruturado e premeditado, voltado à exploração sexual de crianças e adolescentes, caracterizado pela utilização de artifícios de fraude, promessas de fama e vantagens materiais para atrair vítimas em situação de vulnerabilidade.

O MP apontou que procedimentos estéticos e tatuagens de caráter sexualizado eram realizados, além de ambos fazerem rígido controle sobre as rotinas e meios de comunicação dos adolescentes. Um pedido de indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões também foi requisitado.

(*) Com informações do G1

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