Os gastos inesperados são o principal fator de endividamento na região Norte, segundo pesquisa da Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box.

As emergências financeiras foram apontadas por 20% dos entrevistados no Norte. Logo depois vêm empréstimo de nome para terceiros (17%) e desemprego (15%).

“A queda no desemprego traz esperança e novas oportunidades, mas o desafio agora é transformar essa renda em estabilidade financeira. Após um período de perda de poder de compra, é fundamental que o consumidor aproveite esse momento para reorganizar o orçamento e evitar o acúmulo de dívidas”, explica Patrícia Camillo, especialista em educação financeira da Serasa.

Camillo reforça que o endividamento reflete fatores econômicos e sociais, entre eles a falta de educação financeira.

Contas básicas pressionam orçamento das famílias

O estudo revela que o aumento no valor das contas básicas segue pressionando os orçamentos familiares.

Uma em cada dez pessoas afirma não conseguir pagar contas essenciais, como luz, água e gás.

Esses custos chegam a R$ 750 mensais para 68% dos entrevistados, que correm risco de ter os serviços interrompidos.

Além disso, 63% dos endividados afirmam ter reduzido o consumo devido ao aumento dessas despesas. Entre eles, 42% cortaram até 10% dos gastos, enquanto 21% reduziram entre 11% e 20%.

Cartão de crédito: aliado que pode virar vilão

O levantamento mostra que o cartão de crédito é um importante aliado financeiro, permitindo o parcelamento de compras essenciais.

Porém, o uso descontrolado pode se tornar um vilão do orçamento.

Segundo a pesquisa, 50% dos consumidores do Norte têm como principal dívida compras em supermercados, e 40% usam o cartão para comprar roupas, calçados e eletrodomésticos — despesas que, quando acumuladas, podem comprometer a renda mensal.

Tempo de atraso e reincidência preocupam

O estudo aponta que 46% das dívidas dos brasileiros já têm mais de um ano de atraso.

Os setores com débitos mais antigos são securitizadoras, empresas de telecomunicações e varejo, cujas dívidas frequentemente superam dois anos de inadimplência.

A pesquisa também revela que 53% dos brasileiros endividados são reincidentes, ou seja, já estiveram endividados antes — uma queda de 2 pontos percentuais em relação a 2024.

Atualmente, o país soma 79,1 milhões de pessoas com dívidas em atraso, totalizando 313 milhões de débitos, o maior volume desde 2020.

“O cenário ainda é desafiador, mas também é uma oportunidade de recomeço. Entender as causas do endividamento e buscar alternativas de negociação são passos essenciais para recuperar o equilíbrio financeiro. É nesse sentido que iniciativas de renegociação ganham ainda mais relevância”, destaca Camillo.

A Serasa realiza uma nova edição do Feirão Serasa Limpa Nome, o maior mutirão de negociação de dívidas do país.

Mais de 141 milhões de consumidores podem negociar débitos com descontos expressivos e condições especiais em todo o Brasil.

A iniciativa reforça o compromisso da Serasa em facilitar o acesso à renegociação e permitir que mais brasileiros retomem o controle de suas finanças, iniciando 2026 com o nome limpo e o orçamento equilibrado.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Opinion Box entre 9 e 24 de setembro de 2025, com 11.375 entrevistas online realizadas em todo o país. A margem de erro é de 0,9 ponto percentual.

Com o propósito de revolucionar o acesso ao crédito no Brasil, a Serasa oferece um ecossistema completo de produtos e serviços digitais para promover a educação e a saúde financeira da população. Mais informações estão disponíveis em www.serasa.com.br e nas redes sociais @serasa.

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