O entretenimento esportivo deixou de ser passivo e passou a ser ativo ao longo dos últimos anos. Uma prova disso é a maior acessibilidade a ferramentas de interação entre as plataformas de transmissão esportiva e sua fiel audiência.

Enquetes, participação via chat e até mesmo arquivos de mídia enviados pelos espectadores são frequentemente utilizados em plataformas de streaming, e isso era algo inimaginável há alguns anos atrás.

Os números comprovam isso. De acordo com dados publicados pela consultoria Deloitte, 77% dos fãs de esportes participaram em pelo menos uma atividade mais interativa, seja buscando estatísticas de atletas, utilizando as redes sociais, entre outras opções.

Existem diversos motivos que ajudam a entender o motivo do esporte interativo ter ganhado tanto espaço nas transmissões ao vivo. No entanto, alguns desafios precisam ser vencidos por esse setor que não dá sinais de desaceleração para os próximos anos.

De espectadores passivos a participantes ativos

A mudança dos espectadores esportivos começou com o avanço das plataformas de streaming que foram além do rádio e da televisão. Além disso, as próprias empresas perceberam que, com a audiência participando, os indicadores de performance eram muito melhores.

Os resultados positivos da maior participação da audiência estimularam as plataformas a continuar investindo em maneiras de atrair seus espectadores para interagirem em tempo real. Com isso, os fãs podem mandar mensagens de texto, vídeos e até mesmo áudios enquanto as partidas ocorrem.

Existem situações em que enquetes são realizadas para estimular os participantes a se sentirem parte do programa. Essas estratégias vão muito além do básico. Ou seja, além do ato de ouvir ou ver o jogo em tempo real.

Junto desse cenário, o streaming cresce e a TV por assinatura cai no Brasil. De acordo com dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% das casas brasileiras utilizam streamings.

Além disso, enquanto aproximadamente 5% dos lares no Brasil não tinham acesso à TV Aberta, dados de 2024 apontam que mais de 8% dos domicílios não contam com essa opção para os espectadores.

Nesse contexto, a TV aberta se viu obrigada a investir em novas tecnologias que estimulam a participação ativa da audiência. Esse é o caso da DTV+, tecnologia considerada revolucionária para o setor.

Para o diretor da Globo, Paulo Marinho, a capacidade de engajar com o conteúdo que está sendo consumido é uma característica em alta. Por isso, é essencial que a TV aberta acompanhe essas inovações com o objetivo de competir de maneira mais igual com o streaming.

Tecnologia como força motriz

Todos os avanços observados no serviço de transmissões em tempo real com interação dos espectadores só foi possível graças à tecnologia. Investimentos em uma rede de transmissão de dados mais modernas e em equipamentos que permitam uma melhor qualidade das imagens estão entre as iniciativas das empresas que atuam nesse setor.

Assim como a DTV+ na televisão aberta, enquetes em plataformas de vídeo como o YouTube e reações em transmissões nas redes sociais também são amplamente utilizadas para que a audiência se sinta parte do jogo.

É com base na tecnologia que os espectadores conseguem até mesmo apostar ao longo da transmissão de uma partida de futebol, por exemplo. Nesse caso, é preciso encontrar um site ideal para se cadastrar e depositar com o objetivo de fazer uma aposta esportiva.

Os espectadores brasileiros conseguem encontrar as melhores casas de apostas do mundo com base em análises sinceras e revisões das principais plataformas para se cadastrar. Tudo isso com apenas alguns cliques.

Ao encontrar o site ideal, o apostador consegue fazer uma aposta esportiva e até mesmo acompanhar o jogo ao vivo. Em alguns casos, está disponível a opção de conversar com outras pessoas, compartilhando dicas e recomendações para a partida em questão.

Essa maior disponibilidade de ferramentas sociais é vista como uma peça fundamental na transformação do espectador passivo para o ativo. Sem elas, os avanços certamente não seriam tão significativos.

Expansão em diferentes partes do mundo

O Brasil não é o único país em que os fãs de esportes interagem com os eventos em tempo real. Muito além dos brasileiros, o mercado asiático tem percebido um avanço na gamificação de transmissões.

Enquanto no Brasil a paixão é pelo futebol, a Índia tem nas ligas de críquete suas principais competições, acompanhadas por milhões de fãs todos os anos. No caso da Coreia, o enfoque é nos esportes eletrônicos.

Independentemente de qual for a modalidade esportiva, a experiência interativa dos fãs alcançou novos patamares e tende a se manter em alta, com os investimentos nesse mercado sem sinais de redução.

Desafios precisam ser superados

Para que todo o mercado de participação ativa em transmissões se desenvolva de maneira justa e ética, as plataformas precisam adotar boas práticas para que os espectadores se sintam seguros para participar de cada streaming.

Oferecer uma plataforma que conta com protocolos de segurança básicos e tenha uma boa reputação é um passo fundamental para que uma empresa de streaming consiga alcançar um público ainda maior.

Além disso, as autoridades também precisam acompanhar o setor de transmissões esportivas para garantir um desenvolvimento equitativo e justo para esse mercado. Em meio a aprovação de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e outras reformas importantes, as plataformas de streaming também devem ser acompanhadas de perto pelos órgãos competentes.

Um futuro ainda mais interativo

Em meio às novas tecnologias e aos desafios de tornar a participação ativa dos espectadores algo que foque no entretenimento, existe uma clara tendência de que a audiência continue sendo estimulada a participar ativamente dos eventos esportivos.

A realidade imersiva e outras tecnologias chegam com o objetivo de revolucionar um setor que já conta com muito engajamento dos seus participantes. Enquanto algumas opções estão sendo testadas, outras já são colocadas em prática pelas empresas na busca por ganhar uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.

No longo prazo, existe uma clara tendência de que os espectadores poderão interagir ainda mais com o esporte de sua preferência. Para isso, é fundamental também ter uma boa conexão com a internet e um dispositivo atualizado.