O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Federal.
O parlamentar é investigado por supostamente compartilhar informações confidenciais de operações policiais com o Crime Organizado.
Operação Unha e Carne investiga autoridades e o CV
A prisão faz parte da Operação Unha e Carne, que apura possíveis ligações entre autoridades públicas e líderes do Comando Vermelho (CV).
De acordo com a PF, Bacellar teria repassado dados da Operação Zargun, que resultou na prisão do deputado estadual TH Joias.
“Existem provas robustas de que o parlamentar atrapalhou as investigações ao alertar os investigados sobre ações policiais”, afirmou a corporação.

Além disso, as medidas incluem um mandado de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão e uma intimação por medidas cautelares, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, as ações fazem parte de uma série de operações autorizadas pelo STF após a ADPF das Favelas, que delegou à Polícia Federal a investigação de grupos criminosos violentos com influência no Rio de Janeiro.
Impacto nas investigações e no cenário político
A PF alerta que os supostos vazamentos de Bacellar podem ter comprometido investigações sensíveis envolvendo líderes do CV e suas conexões com agentes públicos. Até o momento, a defesa do parlamentar não se pronunciou.
Por fim, a prisão do presidente da Alerj deve impactar o cenário político do estado, já que Bacellar é uma das figuras mais influentes da Casa, responsável por conduzir pautas estratégicas e negociar com o Executivo estadual.
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