Apenas 22% dos eleitores do Amazonas afirmam ter grande interesse em política e nos assuntos do Estado, aponta pesquisa da ComuniDados realizada entre 15 e 19 de dezembro de 2025.
Os números revelam um cenário de baixo engajamento político, em que a maior parte da população acompanha os temas de forma superficial ou demonstra desinteresse.
Esse panorama influencia diretamente o ambiente eleitoral, determinando como campanhas e candidaturas precisam se comunicar com o público.
Interesse médio e baixo predomina
De acordo com o levantamento, 58% dos entrevistados apresentam interesse médio ou baixo por política: 32% se consideram “mais ou menos interessados”, enquanto 26% se declaram pouco interessados.
Outros 19% afirmam não ter nenhum interesse em política. O resultado evidencia um eleitorado predominantemente reativo, que tende a definir seu voto mais próximo da eleição.
As decisões são motivadas por estímulos concretos, como propostas práticas, percepção econômica e imagem dos candidatos, em vez de alinhamentos ideológicos.
A pesquisa foi realizada por meio de 2.000 entrevistas telefônicas, com nível de confiança de 95% e margem de erro de 2,2 pontos percentuais, considerando como universo os eleitores do Amazonas.
O estudo também mostra que o nível de escolaridade tem papel decisivo no interesse político. Entre eleitores com ensino superior completo, a proporção de pessoas muito interessadas sobe para 49%.
Nas camadas de escolaridade mais baixa, o interesse permanece reduzido, o que exige estratégias de comunicação mais claras e objetivas para atingir esses grupos.
Eleitores indecisos e impacto eleitoral
Outro ponto destacado é a presença de um grupo de eleitores ainda indecisos, estimado entre 8% e 16%, que pode influenciar o resultado final da eleição.
Esse contingente tende a ser mais sensível à imagem dos candidatos, à rejeição ou aceitação pessoal e à capacidade de estabelecer conexão direta, o que reforça a importância de campanhas focadas em proximidade, clareza e redução da rejeição.
O levantamento indica que, em um estado onde apenas uma minoria demonstra grande interesse por política, vencer eleições depende menos de debates ideológicos e mais de comunicação eficiente, credibilidade pessoal e respostas concretas às preocupações do dia a dia do eleitor.
Leia mais: Reforma política de Lula prevê saída de ministros para eleições em 2026.
