Eleições Ciro faz aceno a Simone Tebet como vice: “Ela é diferente” Para o pré-candidato do PDT, tanto Lula quanto Bolsonaro vivem em uma “estrutura de mutualismo” Em Tempo* - 12/05/2022 às 17:5812/05/2022 às 18:08 Brasília (DF) – O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, acenou com a possibilidade de ter a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, como vice em sua chapa na disputa de 2022. Para o ex-ministro, Tebet é uma pessoa “diferente” e está sendo “traída pelo próprio partido”. “Eu tenho uma pessoa dessas aí (da terceira via) que eu respeito muito. Ela é diferente. Ela não é uma viúva do bolsonarismo igual o (João) Doria. Ela é uma pessoa que acho que vai ter um papel importante, que é a Simone Tebet”, disse Ciro em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao ser questionado sobre qual pré-candidato da terceira via ele aceitaria ter na chapa. “Simone Tebet está sendo traída pelo próprio partido porque o Lula está corrompendo. Já está acertado com Eunício Oliveira e o Renan Calheiros, os mesmos do esquema do escândalo do Petrolão”, emendou o pedetista, numa referência às articulações do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira, do MDB, em torno da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quarta-feira, 11, os presidentes dos partidos da terceira via – PSDB, MDB e Cidadania – deram demonstração de sobrevida ao projeto de candidato único, ao definirem que o nome de consenso será definido a partir da análise conjunta de pesquisas quantitativas e qualitativas encomendadas pelas legendas. Hoje são considerados pré-candidatos do grupo ao Planalto: Simone Tebet e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). Ciro voltou a afirmar que se manterá na disputa até o fim. “O sistema me quer ver expelido. Ele não quer nem que eu tenha direito de falar. Exigem todo dia que eu tire a minha candidatura”, disse. Ontem, em rede social, o ex-ministro argumentou que, sem sua candidatura, a polarização aumentaria no momento em que Lula “estagnou” e Bolsonaro se sustenta nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência. Para o pré-candidato do PDT, tanto Lula quanto Bolsonaro vivem em uma “estrutura de mutualismo”, já que os dois políticos se “protegem” e se beneficiam da polarização. “O sistemão ganhou o Lula, então Lula e Bolsonaro estão protegendo o outro porque os dois garantem o mesmo tipo de modelo econômico e a mesma governança política”, afirmou. Para Ciro, a inflação, que vem batendo recordes no País, é “produzida pelo governo”. “Ele determina o preço dos combustíveis, do gás de cozinha, o diesel do frete que está na carne”, disse. O ex-ministro destacou que o mesmo mecanismo acontece com o aumento de energia elétrica, que também impacta no valor dos alimentos. Nesse cenário, Ciro defendeu uma política de abastecimento e preço para lidar com o aumento de produtos essenciais que são produzidos no País, como café e açúcar. “Nós fazíamos isso exemplarmente o passado. Fernando Henrique Cardoso, Lula e Bolsonaro destruíram a estrutura de abastecimento e preço do Brasil por prostração ideológica”, declarou. A ideia do pré-candidato é que o governo seja capaz de oferecer produtos a um preço acessível para a população em momentos instáveis politicamente, como em episódios de guerras internacionais, por exemplo. *Com informações da Istoé Leia mais: Ciro Gomes ataca Lula, mas diz que Bolsonaro é pior do que petista Ciro Gomes critica privatização do gasoduto Coari-Manaus e Dermilson lamenta custo alto de energia Ciro Gomes vem homenagear Jefferson Péres, lançar Carol Braz e defender Zona Franca de Manaus Entre na nossa comunidade no Whatsapp!