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Editorial

Musk na Amazônia

Como se sabe, a Starlink é parceira da SpaceX, também pertencente à Musk, que usa satélites de órbita baixa para prover serviços de internet

Divulgação

No último final de semana, o mega empresário sul-africano Elon Musk visitou o Brasil para confirmar seu projeto de prover conexão de internet a 19 mil escolas rurais brasileiras e o monitoramento ambiental da Amazônia por meio de sua empresa Starlink.

Como se sabe, a Starlink é parceira da SpaceX, também pertencente à Musk, que usa satélites de órbita baixa para prover serviços de internet. Mesmo sem estar no Brasil, a Starlink obteve consentimento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atuar no país.

A internet da empresa é de altíssima qualidade, podendo enviar informações através do vácuo do espaço, onde se desloca mais rapidamente do que em cabos de fibra óptica. A Starlink é uma constelação de mais de 4 mil satélites que orbitam o planeta a uma distância mais próxima da Terra, a cerca de 550 quilômetros.

Além de uma internet ultra moderna, Musk traz à Amazônia também a esperança de que o presidente Jair Bolsonaro agarre com unhas e dentes mais essa chance que lhe é dada para se redimir perante a opinião pública internacional quanto à região.

E como se redimir ? É só dar praticidade ao discurso de saudação que fez a Musk na última sexta-feira, em Brasília. É só mostrar, com medidas concretas, que o seu governo sabe cuidar da Amazônia. E deve começar respeitando os direitos da Zona Franca de Manaus enquanto modelo industrial exemplar de preservação ambiental, reconhecido pelo mundo inteiro.

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