Com a proximidade das convenções partidárias, aumentam os conchavos políticos entre caciques e demais agentes engajados no jogo que antecede a guerra propriamente dita pelo voto popular neste ano de 2022. Entretanto, um tema parece completamente esquecido pelos caçadores de votos: a educação.
Se a pandemia do coronavírus, que já matou quase 1 milhão de brasileiros, não sensibilizou as legendas na campanha municipal de 2020, a educação anda sendo tratada com total indiferença pelos pré-candidatos no atual processo eleitoral, a despeito dos números cada vez mais preocupantes envolvendo o assunto.
Segundo o IBGE, em 2020 o país contava 11 milhões de analfabetos e um levantamento da ong Todos pela Educação, divulgado em fevereiro deste ano, mostrou que 40,8% das crianças brasileiras entre 6 e 7 anos não sabiam ler ou escrever em 2021. É como se, em uma sala de aula com 25 crianças, 10 delas não houvessem sido alfabetizadas.
Os números tiram o sono de qualquer cidadão de bom senso, mas os políticos, apenas interessados em seus interesses mesquinhos viram as costas para a tragédia. O que deveria ser priorizado como alto valor humano, necessário para a geração de riquezas, acaba sendo atirado ao lixo da inércia e da omissão criminosa.
Conforme o economista Leonardo Monastério, do Ipea, a escolaridade média do brasileiro é de 7,8 anos, menor que a do Chile em 1990 ou da Coreia do Sul em 1985, ou, ainda, do Japão em 1975, da Austrália em 1950 e dos Estados Unidos em 1935. Ou seja: a educação do país anda de muletas e os políticos não estão nem aí para a questão.
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