Atalaia do Norte (AM) – As investigações em torno do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian estão em andamento em Atalaia do Norte (distante a 1137 quilômetros de Manaus) e quatro pessoas já foram ouvidas como testemunhas, informou o delegado Guilherme Torres, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI) da Polícia Civil do Amazonas.
Em entrevista à uma rede de televisão local, o delegado mandou recado aos familiares dos desaparecidos.
“A Polícia Civil está com todo o efetivo possível para que possamos encontrá-los com vida, eles podem estar perdidos, sem suprimento, é uma área de grande extensão. O delegado Alex Perez, montou uma força-tarefa entre as polícias Militar e Civil, para intensificação das buscas na região, que já foram iniciadas. Ele está ouvindo pessoas na delegacia”, destacou Torres.
Para o diretor do DPI, a possibilidade de ter ocorrido um crime não é descartada. “Nós não descartamos a possibilidade de ter ocorrido um crime. Duas pessoas já foram ouvidas e tem mais duas prestes a serem ouvidas nesse momento. Elas vão falar sobre a dinâmica dos últimos momentos que os desaparecidos foram vistos, se eles estavam sendo ameaçados ou perseguidos, onde eles iriam. Há a suspeita de uma ameaça que está sendo apurada pela Polícia Civil. As buscas são a nossa prioridade nessas primeiras 48 horas que é encontrá-los”, destacou.
O delegado destacou ainda que na quarta-feira (8), mais reforços policiais serão enviados ao município. Nove especialistas em buscas de selva embarcaram, na manhã desta terça-feira (7), no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, com destino ao município de Atalaia do Norte (distante a 1137 quilômetros de Manaus), para reforçar as buscas.
“Esperamos encontrá-los com vida. Hoje as buscas serão reforçadas. Hoje quero dizer à família dessas pessoas que tem muita gente incluída nessa causa de encontrá-los. Temos a suspeita que o Bruno realmente tenha sido ameaçado. Mas pode ter tido uma pane no motor do barco deles, eles podem estar aguardando suprimentos. A gente recebeu a informação de suspeitos desse desaparecimento e todas as denúncias estão sendo investigadas”, finalizou Guilherme Torres.
Edição Web: Bruna Oliveira
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