Manaus (AM) – A Polícia Federal prendeu mais uma pessoa que pode estar envolvida nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. Um homem conhecido como “Colômbia”, se apresentou espontaneamente para prestar esclarecimentos sobre o caso na Polícia Federal de Tabatinga, mas estava com documentos falsos.
Segundo Eduardo Alexandre Fontes, superintendente da Polícia Federal, o homem inicialmente se apresentou com um documento brasileiro com o nome de Rubens Vilar Coelho, mas ao longo do depoimento apresentou um outro documento colombiano com o nome Ruben Dario da Silva Vilar. O suspeito foi preso em flagrante por uso de documento falso.
“Ainda não sabemos o verdadeiro nome desse homem, estamos investigando que ele possa ter documentos brasileiro, peruano e colombiano. Quando questionado sobre o envolvimento nas mortes de Bruno e Dom, ele nega qualquer participação. Nossas investigações prosseguem para saber se tem ou não mais envolvidos no crime e também estamos aguardando um laudo pericial da reprodução simulada, que fizemos com os três suspeitos já presos”, explicou o superintendente.
Eduardo Fontes destacou ainda que “Colômbia” afirmou trabalhar com pesca e agora as investigações também buscam identificar se há alguma relação dele como os envolvidos, que também são pescadores na atividade de pesca ilegal.
“Ele passará por audiência de custódia e a Justiça Federal irá apurar se ele ficará preso ou não. Quanto aos outros três presos Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado” , Oseney da Costa Oliveira, o “Dos Santos” e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, as prisões temporárias deles vencem hoje e aguardamos a decisão judicial sobre o pedido de prisão preventiva já protocolado. O caso agora foi declinado para a Justiça Federal. Essa decisão deve sair hoje”, destacou.
Além dos três presos, outras cinco pessoas foram indiciadas pela ocultação de cadáver e respondem pelo crime em liberdade.
Justiça Federal assume caso
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) concluiu que a motivação do homicídio do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ocorrido no mês passado, estaria relacionada diretamente com os direitos indígenas.
A magistrada Jacinta Silva dos Santos, titular da Comarca de Atalaia, observou que o relatório das investigações realizadas pelas Polícias Civil e Federal, e que consta nos autos processuais e concluiu sobre a motivação do crime.
Reconstituição
Após seis dias de trabalho, a reconstituição dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips foi concluída no último domingo (3). No último dia, foram coletadas amostras em duas canoas que pertencem à família de Amarildo da Costa Oliveira, um dos suspeitos das mortes.
Durante os trabalhos, Amarildo, Oseney e Jeferson foram levados ao local do crime.
Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística e da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas usaram luminol para coletar amostras nas canoas da família de Amarildo.
A reconstituição dos fatos relacionados ao crime começou na terça-feira (28), quando a PF fez uma simulação com a lancha utilizada por Bruno e Dom e com a embarcação usada pelos suspeitos, no dia do crime.
A Polícia Federal agora aguarda o laudo pericial da reprodução simulada que irá compor o Inquérito Policial.
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