Manaus (AM) – Auxiliares de necropsia que atuam no Instituto Médico Legal (IML) em Manaus desenvolvem um trabalho fundamental na identificação de lesões, causas de morte e tipo de violência praticada em crimes na capital e na região metropolitana.
O trabalho desses profissionais contribui diretamente para o bom desempenho dos peritos do Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC) e com as investigações coordenadas pela Polícia Civil do Estado do Amazonas (PC-AM), em casos de homicídio, agressões e até reconstituições.
Os auxiliares atuam diretamente em cenas de crime e são os primeiros a possuírem contato e manuseio de cadáveres.
Eles realizam a análise dos ferimentos e, principalmente, auxiliam na identificação da causa de morte em diferentes locais de crime ou mortes naturais. A prática dessas ações é primordial para o andamento das análises posteriores efetuadas por peritos legistas e criminais.
O servidor Wellington Ferreira de Melo é um dos auxiliares de necropsia que trabalha no IML, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Ele auxilia todo o processo na cena criminal e, posteriormente, auxilia na remoção de corpos para o IML.
O auxiliar é responsável pelos procedimentos de limpeza, costura e inserção do cadáver dentro de câmaras frias e instaladas dentro do órgão, além do recolhimento de digitais de cada corpo que dá entrada no órgão.
“Nosso trabalho é feito em conjunto com a perícia, tanto perito criminal quanto perito legista. É um trabalho que exige um pouco de força e principalmente saúde mental. Primeiro realizamos a análise de lesões no cadáver. Também é importante identificar a posição em que a vítima veio a óbito para identificar a dinâmica do crime e repassar aos peritos”, destacou o auxiliar.
Treinamento
Os auxiliares de necropsia que atuam no IML, antes de estarem aptos a realizarem todos os procedimentos, precisam realizar treinamento para desenvolver habilidades que auxiliem no trabalho.
Com mais de 20 anos de atuação, o coordenador dos auxiliares de necropsia, Carlos Procópio Reis é responsável pela capacitação dos profissionais e destaca a importância dos auxiliares.
“Uns têm curso técnico para enfermagem, outros têm o curso de necropsia, mas todos estão desenvolvendo um bom trabalho”, disse.
*Com informações da assessoria
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