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Investigação

STF autoriza PGR a ouvir ex-presidentes da Petrobras e do BB

Caso revelado pelo Metrópoles mostrou mensagens de Roberto Castello Branco sobre possíveis interferências de Bolsonaro na Petrobras

Divulgação

Brasília (DF) – A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizou, nesta sexta-feira (15), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) colha os depoimentos de Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, e Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, no caso que investiga supostas interferências do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

O caso foi revelado pelo Metrópoles no fim de junho. Mensagens obtidas pela reportagem mostram que Castello Branco afirmou, em um grupo de economistas, que devolveu seu celular corporativo à estatal, ao deixar o comando da empresa, com material que, segundo ele, poderia incriminar o mandatário.

“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”

, concluiu Castello Branco, sem entrar em detalhes sobre quais crimes o presidente teria cometido e estariam registrados no aparelho.

De acordo com o despacho assinado por Rosa Weber, a medida atende tanto o “interesse social de apuração de fatos potencialmente criminosos” como também as “liberdades individuais do virtual investigado”.

“No caso concreto, o exame dos fatos noticiados na peça exordial permite concluir que a conduta eventualmente criminosa atribuída ao Chefe de Estado teria sido por ele perpetrada no atual desempenho do ofício presidencial”

, argumenta a magistrada.

O pedido de investigação foi apresentado no STF pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O relator do caso é o ministro Roberto Barroso, mas a manifestação foi feita por Rosa Weber em virtude do período de férias.

A PGR quer saber de Rubem Novaes qual era a natureza da conversa, com detalhes e informações contextuais. Já de Castello Branco, as informações solicitadas incluem datas, circunstâncias e contextos das mensagens recebidas e por qual motivo elas não teriam sido encaminhadas para autoridades competentes.

*Com informações do Metrópoles

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