Em ano de eleição, desde o dia 20 de julho, a Justiça Eleitoral liberou a confirmação de candidaturas. Alguns partidos já anunciaram os nomes que devem representá-los no pleito.
Até a última atualização desta reportagem, cinco candidatos tinham sido anunciados por seus partidos. Outros devem ser confirmados nos próximos dias.
Confira abaixo, por ordem alfabética, a lista dos que já são levados em conta na corrida pela presidência:
André Janones
Nascido em Ituiutaba (MG) em 1984, André Luis Gaspar Janones trabalhou como cobrador de ônibus e como escrevente no Tribunal de Justiça de Minas Gerais antes de ser formar em direito e abrir seu próprio escritório, em 2008. Em 2016, ele se candidatou a prefeito de Ituiutaba, mas não foi eleito.
Dois anos depois, durante greve dos caminhoneiros, Janones acabou se tornando uma espécie de porta-voz do movimento, com vídeos transmitidos da BR-365 para as redes sociais.
O episódio o colocou em evidência, e, em 2019, foi eleito deputado federal por Minas Gerais.
Agora, ele concorre à presidência do Brasil pelo partido Avanto. Sua candidatura foi confirmada no dia 23 de julho, durante convenção nacional, realizada em Belo Horizonte.
Ciro Gomes
Nascido em 1957, na cidade de Pindamonhangaba (SP), Ciro Gomes construiu a carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990.
Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época.
Entre 2003 e 2006, Ciro foi ministro da Integração Nacional, no governo do então presidente Lula. No entanto, deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Também exerceu dois mandatos de deputado estadual no Ceará. Ele tem quatro filhos.
A candidatura de Ciro à presidência pelo PDT foi oficializada no dia 20 de julho. O anúncio foi feito durante convenção na sede da sigla, em Brasília.
Jair Bolsonaro
Jair Messias Bolsonaro é militar reformado, capitão do Exército. Nasceu em 1955, no município de Glicério, no interior do estado de São Paulo, mas morou em várias cidades paulistas.
Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977. Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. Casou-se três vezes. É pai de cinco filhos e casado com Michelle Bolsonaro.
Bolsonaro é o 38º presidente do Brasil desde 1º de janeiro de 2019. Foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018.
A candidatura de Bolsonaro foi anunciada pelo Partido Liberal (PL) no dia 24 de julho, durante convenção realizada no Rio de Janeiro.
Leonardo Péricles
Leonardo Péricles é o único homem negro na disputa presidencial. Natural de Belo Horizonte, ele é técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas.
Nascido em 1981, o presidenciável começou a se aproximar da política em movimentos estudantis no início dos anos 2000.
Anos depois, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Em 2008, disputou uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas não se elegeu.
Já pelo União Popular nas últimas eleições municipais, em 2020, concorreu como candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), na chapa de Áurea Carolina (PSOL). Eles ficaram em quarto lugar, com 103.115 votos.
Sua candidatura foi lançada no dia 24 de julho, durante uma convenção partidária que ocorreu em Natal.
Lula
Nascido em 1945, Luiz Inácio Lula da Silva é natural de Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966.
Foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra. Em 2006, Lula venceu Geraldo Alckmin e foi reeleito ao cargo.
A primeira vez que disputou a Presidência foi em 1989, sendo derrotado por Fernando Collor de Melo. Tentou mais duas vezes, em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso nas duas tentativas.
Em 2017, o ex-presidente foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro.
Contudo, em 2021, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações, por entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações, tornando Lula elegível. No mesmo ano, o plenário do Supremo confirmou a decisão.
O PT oficializou a candidatura de Lula à presidência nas eleições deste ano durante convenção realizada em São Paulo. O candidato não estava presente, pois cumpria agenda em outro evento.
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