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Aumento

Com alta da refeição, 65% dos trabalhadores já optam por marmita

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o preço médio da refeição é de R$ 40,64

Reprodução

Em meio à alta dos preços, a marmita passou a ser a principal aliada dos trabalhadores que querem economizar. Uma pesquisa realizada pela Sodexo Benefícios e Incentivos mostra que 65% dos empregados preferem levar a comida pronta para o trabalho. E o resultado não é à toa: dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) apontam que a refeição já custa em média R$ 40,64.

O levantamento da Sodexo entrevistou 3.931 pessoas em todo o país entre os dias 13 e 15 de julho. Do total de entrevistados, 17,22% ainda dizem preferir almoçar em restaurantes que oferecem ‘prato feito’, 14,68% costumam comer em restaurantes com comida por quilo, e 3%, em restaurantes à la carte.

Marmita já era opção antes da alta dos preços

Mesmo antes do avanço da inflação, cuja prévia acumula alta de 11,39% nos últimos 12 meses até julho, alguns brasileiros já preferiam levar marmita de casa para o trabalho.

Ao todo, 33,15% dizem ter esse hábito por considerá-lo uma opção mais barata e 25,36%, por preferir comida caseira. Os que passaram a levar comida de casa após o avanço da inflação somam 22,82% dos entrevistados. Há ainda 18,67% que declararam que, mesmo com a alta dos preços, preferem comer em restaurante.

A pesquisa também mediu com que frequência os trabalhadores levam marmita para o trabalho: 51,72% responderam “sempre”; 20,63%, “de duas a três vezes por semana”; 20,27%, “nunca”; e apenas 7,38%, “uma vez por semana”.

Aos sábados (55,23%), sextas-feiras (43,27%) e segundas-feiras (27,04%), no entanto, os brasileiros preferem não levar comida de casa. Na sequência, aparecem as quartas-feiras (15,85%), quintas-feiras (14,83%) e terças-feiras (13,43%).

Mas quando se trata do lazer do final de semana, 43,28% afirmam que ainda continuam frequentando restaurantes, mas não como antes; 40,52% declaram que não frequentam mais restaurantes por não terem mais condições financeiras para isso, e 16,21%, que continuam frequentando restaurantes normalmente.

Inflação encolhe vale-refeição

Para o diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos, Willian Tadeu Gil, vivemos um cenário inflacionário muito desafiador que atinge diretamente o setor de alimentos e, consequentemente, o bolso do trabalhador brasileiro.

Pesquisa anterior da Sodexo já havia mostrado que, com a inflação em alta, o vale-refeição tem durado em média 13 dias. Antes da pandemia, a duração média era de 18 dias.

“Por essa razão, é importante que as empresas se mantenham atentas ao cenário atual para ajustar sempre que necessário o valor do benefício aos seus colaboradores a fim de cobrir os dias úteis. É por meio dele que as pessoas encontram a oportunidade de manterem uma alimentação balanceada e de qualidade, condição para a manutenção da saúde e de sua boa produtividade”,

diz Gil.

Segundo ele, no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, empresas de todos os portes aumentaram, em média, 4,20% o valor do crédito do vale-refeição e 8,82% do vale-alimentação de seus funcionários. Em ambos os casos, porém, o reajuste ficou abaixo da inflação em junho, que acelerou para 11,89% em 12 meses.

*Com informações da IG

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