Manaus (AM) – Organizações da sociedade civil, entidades estudantis, sindicatos e partidos políticos realizam nesta quinta-feira (11), um ato pela democracia e por eleições livres em todo o Brasil.
Em Manaus, a manifestação ocorrerá às 15h na Praça da Saudade – Centro. Já em Parintins (AM) e em Tefé (AM), os atos irão iniciar às 16h30 e 9h10, respectivamente, nas unidades da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em cada um dos municípios.
O protesto foi originado pela assinatura de uma carta em defesa da democracia com adesão de mais de 850 mil brasileiros (saiba mais ao final), incluindo signatários do Amazonas. O documento será lido durante a programação dos atos nas três cidades.
De acordo com a assessoria do movimento, a carta é uma reação às ações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e às Forças Armadas, que têm tensionado a relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), inclusive, colocando em dúvida a lisura das eleições e das urnas eletrônicas.
“Esse ato é histórico em todo o país. Num momento de ameaça ao estado democrático de direito, juristas, professores, alunos e a sociedade civil irão se unir para dizer não ao autoritarismo e sim para as eleições livres e democráticas”, comenta a presidenta do Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Amazonas (Sind-UEA), Márcia Medina. A entidade estará presente no ato em Manaus.
Um dos organizadores do ato em Parintins, o estudante Israel Tavares comenta que irá às ruas.
“A classe estudantil já não suporta mais um governo que faz da política um negócio de família. Vamos juntos nos unir em defesa da democracia, da Zona Franca de Manaus e na luta pelo Fora Bolsonaro”.
Já a professora Rita de Cássia Machado, da UEA em Tefé, afirma que o manifesto é um “posicionamento em apoio ao estado democrático nesse momento de defesa da nossa democracia. Ditadura e perseguição nunca mais, por isso faremos a leitura da carta assim como em outros estados do Brasil”.
Rita de Cássia é uma das organizadoras do ato junto do estudante Fábio Silva, que integra o movimento estudantil no município.
Estopim
A ideia dos atos em favor da democracia em 11 de agosto teve início após a elaboração da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O documento é uma alusão a uma carta lida em agosto de 1977, em plena ditadura militar, em frente ao prédio da faculdade, na cidade paulistana.
A nova carta, que até esta quarta-feira (10) contava com mais de 850 mil adesões, foi divulgada logo após o presidente Bolsonaro se reunir com mais de 40 embaixadores no último dia 18 de julho para por em dúvida o sistema eleitoral brasileiro. O evento foi considerado o estopim de ataques às eleições e à democracia.
A Carta às Brasileiras e aos Brasileiros é assinada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e por outros signatários de peso, como ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal.
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