Os Estados Unidos (EUA) pediram nesta terça-feira (23) que seus cidadãos deixem a Ucrânia, por acreditarem que a Rússia está se preparando para atacar a infraestrutura civil e governamental nos próximos dias, à medida que a guerra atinge a marca de seis meses.
O aviso seguiu-se a uma proibição do governo ucraniano de celebrações, na capital Kiev, do aniversário da independência do regime soviético, nesta quarta-feira (24), devido a temores de um ataque.
Líderes de dezenas de países e organizações internacionais participariam, nesta terça-feira, da chamada Plataforma da Cri meia, em solidariedade à Ucrânia, no aniversário de seis meses da invasão russa. A maioria faria isso por vídeo.
No campo de batalha, as forças russas realizaram ataques de artilharia e aéreos na região de Zaporizhia, no Sudeste da Ucrânia, onde os combates têm ocorrido perto da maior usina nuclear da Europa, disseram militares ucranianos.
Seis meses depois da invasão russa, em 24 de fevereiro, e com milhares de mortes e destruição generalizada de cidades, o conflito está em um impasse.
As forças russas controlam grande parte do Sul, inclusive ao longo da costa do Mar Negro, e pedaços da região de Donas, no Leste. As perspectivas de paz parecem quase inexistentes. Temendo um aumento nos ataques russos, a Embaixada dos EUA em Kiev pediu que os cidadãos norte-americanos saiam se puderem.
“O Departamento de Estado tem informações de que a Rússia está intensificando os esforços para lançar ataques contra a infraestrutura civil e instalações governamentais da Ucrânia nos próximos dias”
, disse a embaixada em comunicado.
Os cidadãos dos EUA devem deixar a Ucrânia “agora” por seus próprios meios, se for seguro fazê-lo, acrescentou.
Embora não tenha sido a primeira vez que os Estados Unidos emitem esse aviso, ele foi feito porque a Ucrânia marcará amanhã 31 anos de independência do domínio soviético.
O alerta também foi divulgado após a morte de Daria Dugina, filha de um destacado filósofo russo, quando o carro que dirigia explodiu perto de Mascou, no sábado (20). A Rússia atribuiu o assassinato a agentes ucranianos, uma acusação que Kiev nega.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também disse que Moscou pode tentar “algo particularmente feio” no período que antecede a celebração desta quarta-feira. Kiev está longe da linha de frente e raramente foi atingida por mísseis russos, desde que a Ucrânia repeliu ofensiva terrestre para tomar a capital em março.
*Com informações da Agência Brasil
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