Brasília (DF) – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), saiu em defesa dos empresários bolsonaristas que cogitaram um golpe, em um grupo de WhatsApp. Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar as falas.
Em uma publicação no Twitter, o general disse que a determinação do magistrado, na terça-feira (24), foi “lamentável”.
“Num momento vital para o país, próximo à eleição, não posso concordar com mais essa atitude autoritária e ilegal”,
disse Mourão na publicação.
Depois de o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, revelar as conversas de teor golpista entre executivos, em grupo no WhatsApp, entraram na mira da PF: Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; Luciano Hang, do grupo Havan; André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.
Os agentes da PF cumpriram mandatos em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Moraes ainda determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, dos perfis dos empresários nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
Críticas a Moraes
Um dia antes da operação contra os empresários ser instaurada, Mourão criticou o ministro do STF Alexandre de Moraes durante uma entrevista ao canal do “cientista político conservador” Paulo Moura, no Youtube, na segunda-feira (22/8).
Na mesma entrevista, Mourão também defendeu a aprovação do impeachment de ministros do STF como o “grande papel do Senado” e pregou a necessidade de se “construir uma maioria” para aprovar a destituição de magistrados da Corte que estão “usurpando os poderes”.
O grupo
Como mostrou a coluna do Amado, a defesa explícita de um golpe, por parte de alguns empresários, aconteceu no grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado. As trocas de mensagens foram acompanhadas pela coluna ao longo de meses.
Praticamente todos os integrantes do grupo fizeram ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.
*Com informações do Metrópoles
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