Neste momento em que a Zona Franca de Manaus completa 55 anos de existência, em vez de comemorações efusivas, o bom senso aconselha vigilância e forte luta política da parte de todos aqueles que se empenham em favor da preservação do modelo criado em 1967 pelo governo do saudoso Marechal Castelo Branco.
O momento não é de festas, mas de combate em um contexto agitado pela decisão do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir em 25% a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Ele diz que a medida é para “reindustrializar o país”, mas para o Amazonas é para desindustrializar e ferir de morte a ZFM.
É unanimidade entre parlamentares e líderes empresariais que a redução afetará drasticamente a competividade do modelo de desenvolvimento econômico que mais deu certo no Norte do país. São, por exemplo, os casos do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) e do presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Jorge Nascimento Júnior.
Na mesma linha, o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, garante que a indústria amazonense é altamente competitiva e seria muito mais se fosse beneficiada com uma carga tributária menos pesada que a atual. Em vez de atacar o modelo, Guedes deveria, sim, fortalecê-lo na reforma tributária em andamento no Congresso.
Com um ministro jogando francamente a favor da indústria paulista, a ordem é vigiar e agir sempre com espírito coletivo e garantir força política junto ao Poder Central, que precisa respeitar os incentivos fiscais da ZFM como um direito pétreo assegurado pela Constituição brasileira.
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