Brasília (DF) – Na cerimônia de posse dos 513 deputados federais, realizada nesta quarta-feira (1), parlamentares de oposição realizaram um protesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Plenário da Câmara. O deputado reeleito pelo Amazonas, Capitão Alberto Neto (PL) participou da movimentação organizada por parlamentares do PL, os quais levantaram cartazes com as frases “fora Lula” e “fora ladrão”.
Nas redes sociais, Alberto Neto publicou fotos participando do protesto contra Lula. Em uma das imagens, ele aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-PJ).
Também participaram do ato a deputada Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), Capitão Alden (PL-BA), Amália Barros (PL-MT), Hélio Lopes (PL-RJ) e Rodolfo Nogueira (PL-MS).
Conforme o cientista político Carlos Santiago, manifestações de parlamentares dentro do plenário contra o presidente da república e, inclusive, contra a bancada adversária e o presidente da Câmara, são ações comuns e “sempre aconteceram”.
“Principalmente, no momento de embate político, de divisão ideológica como acontece hoje e também quando envolve pautas que dividem a sociedade como a reforma da previdência, a reforma trabalhista e também será palco de muitas manifestações a reforma tributária se for para votação”, explicou.
Ao mesmo tempo, na medida que a democracia aceita manifestações, a liberdade de expressão e a organização, o cientista político destacou que ofensas, calúnias e agressões não fazem parte do jogo democrático. Também ressaltou que dificilmente um deputado é punido por se manifestar dentro do Plenário.
“Então, se o presidente Lula se sentir agredido pelos parlamentares que utilizaram placas contra ele no plenário da câmara ele irá tomar as medidas judiciais cabíveis. Há uma imunidade parlamentar para o exercício do mandato e para que o deputado se expresse de forma livre, mas essa imunidade não autoriza agressões e calúnias”
Para o cientista Helso Ribeiro, a oposição faz parte da democracia, e defende que é possível fazer de forma respeitosa. Nessa situação, no entanto, analisou que o ato dos parlamentares atingiu o campo do desrespeito, mas não caracterizaria como quebra de decoro.
“Eu não vejo respeito em uma manifestação nesse sentido, e eu não considero legítima. Você não pode querer que a legitimidade dê às mãos para a intolerância. Então, o que é intolerância eu eu não vejo com legitimidade”, salientou.
Leia mais:
Capitão Alberto Neto e Wilson Lima levam campanha de Bolsonaro para o interior do AM
Capitão Alberto Neto leva campanha de Bolsonaro para o Polo Industrial de Manaus
“Sempre defenderei o nosso Estado”, diz Capitão Alberto Neto sobre Zona Franca de Manaus
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱