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EDUCAÇÃO

Em Manaus, projeto de escola pública aborda o tema ansiedade com o ensino de química

A atividade buscou aprendizado sobre o funcionamento dessas substâncias e compreensão da influência nos próprios sentimentos e emoções

Foto: Thayná Borges/Acervo Pessoal

Manaus (AM) – Com o objetivo de aprender da melhor maneira, estudantes da Escola Estadual Dr. Isaac Sverner, localizada no bairro São José Operário I, Zona Leste de Manaus, participaram de um projeto que foca no conhecimento das substâncias químicas produzidas pelo organismo humano, que auxiliam no autoconhecimento individual e saúde.

A atividade buscou aprendizado sobre o funcionamento dessas substâncias e compreensão da influência nos próprios sentimentos e emoções, para contribuir na prevenção de casos de ansiedade.

O estudo intitulado “A Química da ansiedade: compreendendo suas emoções por meio da química orgânica”, apoiado pelo Governo do Estado, por meio do Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) – Edital Nº 004/2022, envolveu, principalmente, alunos que já são finalistas, e abordou tópicos de química orgânica, como fórmulas estruturais, substâncias e funções orgânicas.

Também foi possível ampliar o projeto para todas as séries dos ensinos fundamental ao médio, com a realização de aulas expositivas, debates, palestras, rodas de conversas e a ajuda do caderno terapêutico (diário de experiências). Além disso, foram promovidas as palestras “A Química das Emoções”, durante a campanha “Setembro Amarelo”, e “Saúde Mental” ministradas por discentes da Liga Acadêmica de Psiquiatria do Amazonas (Lapam) e psicólogo.

Segundo a coordenadora do projeto, a professora Thayná Borges da Silva, o tema social abordado possui grande relevância, uma vez que estudos referentes à ansiedade em adolescentes expõem a importância de abordar esse tema para a sociedade e para os profissionais da área da educação e da saúde.

A atividade teve o objetivo de auxiliar no autoconhecimento do aluno, para que possa compreender, analisar e aceitar seus sentimentos e emoções, por meio dos conceitos científicos da Química, de modo que venha a prevenir futuros casos de ansiedade ou de saber lidar melhor com esse sentimento.

As atividades também esclareceram sobre o que é a ansiedade; quais as substâncias químicas orgânicas relacionadas a esta emoção que podem influenciar no humor; conhecer fórmulas estruturais, moleculares e as funções orgânicas presentes em neurotransmissores, compostos orgânicos, medicamentos e fitoterápicos.
O projeto também orientou alunos a desenvolver uma rotina de autoconhecimento personalizada, estimulando de forma natural substâncias químicas e neurotransmissores para lidar com a ansiedade, incluindo hábitos de atividade física, diálogo, alimentação saudável, descanso e escrita terapêutica.

“O desenvolvimento desse tema vem trabalhar a habilidade de comunicação, empatia, compreensão, iniciativa, disciplina e habilidade de relacionamento interpessoal, que podem influenciar seus comportamentos na sociedade, bem como com colegas e familiares”, destacou a professora.

Para Thayná Silva, ao entender as emoções os alunos desenvolvem inteligência emocional e, assim, aprendem a ter maior controle de suas próprias emoções e lidar de forma saudável e madura, fator primordial para o desenvolvimento da saúde mental dos estudantes e para estabelecer o bom convívio em sociedade.

O projeto também buscou conscientizar os alunos sobre a importância da orientação médica, quando necessário, para evitar hábitos como a automedicação, em utilizar um produto que acredita lhe trazer benefícios no tratamento da doença ou alívio de sintomas.

Segundo a professora, debater saúde mental e química vai além do bem-estar, visto que trabalhando com estratégias para lidar e compreender a ansiedade, o aluno não somente desenvolverá saúde física, mas também emocional e mental.

“A participação dos estudantes em projetos científicos na escola promove não somente a compreensão de conceitos químicos contextualizados, mas também desperta no aluno vocação para docência ou profissionalização na área das ciências da natureza e suas tecnologias, propiciando a identificação de sua área profissional e acadêmica, e consequentemente, contribuindo com uma sociedade com qualidade de vida”, acrescentou.

PCE

O Programa Ciência na Escola (PCE) é uma ação criada pela Fapeam, realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) e Secretaria Municipal e Manaus (Semed), direcionada à participação de professores e estudantes de escolas públicas estaduais do Amazonas e municipais de Manaus em projetos de pesquisa científica e de inovação tecnológica a serem desenvolvidos nas escolas.

A Edição 2023 do PCE está com inscrições abertas até o dia 17 de março. Estima-se apoiar até 700 projetos na capital e no interior. Confira o edital em: http://www.fapeam.am.gov.br/editais/edital-n-o-0022023/

Com informações da assessoria*

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