Apesar das crescentes campanhas a favor do direito das mulheres nos últimos anos, o sexismo ainda é altamente prejudicial e pode, em muitos casos, legitimar atos de violência, tanto física quanto psicológica. Quando fazemos o recorte entre homens e mulheres, as “normas sociais de gênero preconceituosas prevalecem em todo o mundo,” de acordo com relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que mostra que, no Brasil, cerca de 85% das pessoas, sem importar de qual poderia ser o gênero?, têm algum tipo de preconceito contra as mulheres.
O levantamento também mostra que, para 31% da população brasileira, os homens têm mais direito ao trabalho e/ou fazem melhores negócios do que as mulheres.
Embora elas representem mais da metade da população do país e tenham conquistado muitos espaços nos últimos anos, elas ainda não têm o mesmo reconhecimento que eles no mundo corporativo. E quando a discriminação sexual acontece no local de trabalho, quase sempre aparece de modo sutil, disfarçada de boas intenções. Psicóloga e head de DE&I na Condurú Consultoria, Jenifer Zveiter acredita que as organizações estão começando a entender a importância da pauta das mulheres, porém ainda permanecem lidando com o assunto sem sua real importância e profundidade.
“Os preconceitos na sociedade estão muito bem estabelecidos e não seria diferente no mundo corporativo. Existe uma falsa percepção de que a discriminação contra as mulheres diminuiu hoje em dia e isso traz ainda mais danos às profissionais “,
diz.
Em junho, celebrado o Mês do Orgulho, não há como deixar de falar sobre como o preconceito dificulta a inserção de mulheres trans e travestis no mercado de trabalho formal. Diante disso, é fundamental que as empresas se comprometam, não somente neste período, mas durante o ano inteiro, a eliminar a discriminação, garantindo que a mesma não ocorrerá nas condições de trabalho, em processos seletivos, nos momentos de contratações, no respeito à privacidade, além de garantir o tratamento de situações de assédio.
Segundo Mapeamento das Pessoas Trans no Município de São Paulo, cerca de 57% das pessoas trans não têm formação técnica ou específica e mais de 70% dessa população consegue garantir uma renda apenas com trabalhos temporários e informais. Zveiter reforça a necessidade da equipe de trabalho demonstrar apoio às profissionais LGBTQIAP+.
“A transfobia é um gargalo social no Brasil. E a dificuldade desta população de ingressar no mercado de trabalho formal é efeito colateral da negação de direitos básicos. A soma de todos esses fatores fazem com que a empregabilidade trans no mercado formal permaneça? uma dívida histórica”,
explica.
Leia mais:
Evolução da carreira feminina no agronegócio é o foco do Programa Biomulher, da Biotrop
Avenida Max Teixeira é interditada após carreta tenta fazer retorno e arrancar cabos elétricos
Carga com R$ 60 mil em roupas de marcas é apreendida em Coari, no AM
Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱