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BR-319

Parlamentares do AM criticam Marina Silva por impedir pavimentação na BR-319

Políticos reivindicam reforma na rodovia, que também serve como uma alternativa para amenizar os impactos da seca no estado

Manaus (AM) – A bancada amazonense voltou a tecer duras críticas para ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), devido a questões de impasse para a pavimentação da BR-319, que liga o Amazonas ao restante do país. O senador Omar Aziz (PSD-AM) chegou a alegar caso alguém passe fome, a culpa é da ministra. “Pois eu declaro que, se algum amazonense passar fome, a culpada é a senhora ministra Marina Silva, que por vaidade não permite a recuperação da BR-319 e sentencia o Amazonas ao isolamento”.

As críticas ocorreram na noite de terça-feira (26), durante reunião da bancada do Amazonas com os ministros do Transporte, Renan Filho, e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para discutir ações emergenciais relacionadas à seca que atinge o Estado. Durante o encontro, Omar reafirmou a importância de investimentos em infraestrutura, especialmente na BR-319, que se encontra em condições precárias e criticou a atuação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

“Eu a condeno por fazer com que o meu Estado fique isolado. Ela não tem propostas ambientais para o Brasil. Só sabe dizer ‘não pode’ e ‘não deve’. Eu estou acusando a Marina Silva de ser a responsável pelo isolamento do meu Estado, do povo do Amazonas”,

concluiu o senador.

Em suas redes sociais, o senador completou que não é de hoje que o Amazonas está em uma batalha em defesa da reestruturação da BR-319.

Hoje, com as fortes mudanças climáticas que castigam o Amazonas com uma das maiores secas da história, há risco de parte da população do meu estado sofrer com o desabastecimento de alimentos, combustíveis e outros itens”,

declarou.

“Pois eu declaro que, se algum amazonense passar fome, a culpada é a senhora ministra Marina Silva, que por vaidade não permite a recuperação da BR-319 e sentencia o Amazonas ao isolamento”,

completou Omar Aziz.

O senador Eduardo Braga (MDB) afirmou que foi impossível segurar a revolta de ver o reflexo da estiagem no povo amazônida e a situação intrafegável da BR-319. Braga declarou que a rodovia, se tivesse condições de trafegar, amenizaria os impactos da seca no estado.

“Se o único acesso terrestre entre a capital amazonense e o resto do Brasil estivesse devidamente asfaltado, como reivindicamos há muito tempo, não veríamos milhares de amazonenses enfrentarem tantas dificuldades sociais, econômicas e ambientais, que acabam se agravando em função da seca”,

também criticou o parlamentar.

Eduardo Braga ressaltou que a culpa do não avanço da rodovia se dá por uma série de entraves ambientais, além da retirada da recuperação desta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O deputado federal Alberto Neto (PL), que crítica Marina Silva desde que assumiu a pasta de Meio Ambiente e faz cobranças pela liberação da construção da BR-319, relembrou a época da pandemia do Covid-19, onde “os caminhões carregados com oxigênio não conseguiam passar pela estrada devido à situação lamentável que se encontra”.

“Hoje o nosso povo padece, ministra Marina, padeceu na pandemia. Vocês viram as imagens, os horrores dos caminhões tentando chegar na cidade de Manaus e muitos morreram por causa disso. Muitos morreram por causa dessa política ambiental, desmedida, xiita que tem isolado o povo do Amazonas”,

reclamou o político.

O deputado ainda fez declarações afirmando que o Amazonas é a região mais cobiçada do Brasil, porém, é a região mais pobre dele, porque permanece isolada do restante do país sem a estrutura necessária para transporte terrestre, no caso, a BR-319.

Seca nos rios

Os pontos dos rios Solimões e Madeira que inicialmente receberão obras de dragagem são hidrovias fundamentais por onde entram insumos e saem produtos acabados para a Zona Franca de Manaus. A seca dos rios também impede o abastecimento de água e de alimentos para comunidades mais distantes.

Ao final do período de seca, a projeção da Defesa Civil do Estado do Amazonas é de que 59 dos 62 municípios deverão estar em Situação de Emergência, atingindo diretamente cerca de 500 mil pessoas devido à influência do El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva e prolonga a estiagem.

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