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Mutirão atende 1,5 mil pessoas para busca ativa de novos casos de hanseníase em Manaus

Ação fez parte do Janeiro Roxo, campanha de intensificação, orientação e busca por casos novos de hanseníase

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Uma equipe de 100 profissionais das áreas de saúde e administrativa foi mobilizada para atender 1,5 mil pessoas no 1º Mutirão Dermatológico do ano. A ação, que acontece neste sábado (27), fez parte da programação da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) do Janeiro Roxo e teve como objetivo fazer busca ativa de casos novos de hanseníase. 

O mutirão, realizado na sede da Fuham pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), ofereceu, além de consultas dermatológicas, testes rápidos de HIV e sífilis, de biópsias para coleta de material de pacientes com suspeita da hanseníase. A farmácia da Fuham também distribuiu medicamentos para cerca de 350 receitas prescritas pelos médicos e médicas dermatologistas que trabalharam na ação. 

O último evento da programação do Janeiro Roxo na Fuham será o seminário “Pensando em Hanseníase: Aspectos Clínicos, Laboratoriais, Epidemiológicos e Perspectivas”, que acontece no dia 3 de fevereiro. 

O evento começa às 8h, com término previsto para as 12h30, e será realizado no Auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Acolhimento

O diretor-presidente da Fuham, Carlos Chirano, informou sobre o objetivo e a importância da ação. 

“O mutirão é uma forma de acolhimento e de ampliar a oferta de exames à população, de consultas e buscar aumentar o número de diagnósticos da hanseníase. Principalmente, se for um diagnóstico precoce, evitando que o paciente venha a ter sequelas incapacitantes”,

disse o diretor-presidente da Fundação.

A comerciante Salime Rosas tomou conhecimento sobre a ação por meio de uma emissora de TV local. Saiu de casa no início da tarde, conseguiu ser atendida, recebeu a receita e a medicação gratuitamente. O diagnóstico da paciente foi esporotricose, uma doença causada por fungos que infectam gatos domésticos, que transmitem para os humanos. 

“Começou com minha gata espirrando. Eu pensei que era uma gripe, levemos pra clínica veterinária e falaram que era essa doença. Ela ficava sempre perto de mim quando eu ía comer e apareceu em mim uma ferida na coxa, que dói e coça muito”, informou a comerciante. 

O caso da comerciante simboliza como a busca ativa por casos de hanseníase acaba gerando atendimento de dermatologia geral. A hanseníase é uma doença da qual o diagnóstico não é muito fácil pois pode ser confundida por outras doenças de pele.

*Com informações da assessoria

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