Após o período da pandemia, queixas de irritação, coração acelerado, palpitações tem se tornado comuns. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. São mais de 23% de brasileiros com algum transtorno psicológico relacionado à ansiedade. E isso deve ser levado em conta antes de imaginarmos algum tipo de problema cardíaco.
A taquicardia é um sintoma frequentemente relatado. O coração de um ser humano adulto, em repouso, bate entre 60 e 100 vezes por minuto quando ele está em repouso. Quando esses batimentos cardíacos superam as 100 vezes por minuto, a pessoa é diagnosticada com taquicardia. E existe um tipo de taquicardia que é grave e pode gerar risco de vida, essa é a chamada de fibrilação.
A taquicardia pode ser tanto um sintoma de algum mal maior, como o transtorno de ansiedade, quanto doença cardíaca. O consumo de certas substâncias, como a cafeína em excesso, também é capaz de causar uma taquicardia temporária, sendo que ela passa uma vez que a substância começa a ser eliminada pelo organismo.
A crise de ansiedade normalmente é desencadeada por um gatilho estressante no indivíduo, que pode ser um aborrecimento, uma situação complicada, ou mesmo um problema repentino que o indivíduo está passando. Além disso, as pessoas que sofrem com ansiedade costumam se irritar facilmente e se sentem muito cansadas, com dificuldades de concentração e fortes tensões musculares. Há pacientes com problemas de sono, como insônia e terrores noturnos.
Diferente de um problema cardíaco, a crise de ansiedade não traz risco de morte iminente, embora ela deva ser tratada por um especialista, para não resultar em doenças mais graves, devido ao aumento do cortisol no sangue e outros hormônios prejudiciais à saúde, em excesso.
Se o indivíduo apresentar taquicardia acompanhada de dor no peito, além de sensação de compressão e até mesmo desmaios, é preciso procurar um médico de imediato. Caso a taquicardia venha associada ao consumo de alguma substância, é preciso realizar o uso controlado delas, evitando os excessos. Se não for possível descobrir se a taquicardia está associada a uma condição, como o transtorno de ansiedade, é preciso fazer investigação com um especialista que vai indicar o melhor tratamento.
Esse período de pós pandemia trouxe uma nova realidade para os indivíduos. Apesar de sermos o país com maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Não podemos subestimar os sintomas. Teve dúvidas se está sofrendo com ansiedade ou tendo taquicardia por algum problema no coração, busque um especialista, e for urgente, procure o pronto atendimento. Sua saúde agradece.
Dr. Swammy Mitozo – Médico Oftalmologista, especialista em Gerontologia e Saúde do Idoso. Pesquisador da FUnATI. Mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT)
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