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Protestos em Bangladesh causam mais de 100 mortes e governo revê sistema de cotas

Manifestações começaram de forma pacífica em campi universitários, mas rapidamente se transformaram em descontentamento nacional

Protestos começaram em campi universitários
Protestos começaram em campi universitários. Foto: Mohammad Ponir Hossain/Reuters

Uma onda de protestos causou mais de 100 mortes em Bangladesh. Na última sexta-feira (19), 50 pessoas morreram frente a outras 100 em dias anteriores. A revolta está relacionada ao sistema de cotas de empregos no setor público.

Abolido em 2018 pelo governo da Primeira-Ministra Sheikh Hasina, foi restabelecido por um tribunal no mês passado. Nele, um terço das vagas é reservado para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão em 1971, o que tem provocado os protestos.

As manifestações começaram de forma pacífica em campi universitários, mas rapidamente se transformaram em descontentamento nacional.

Manifestantes já incendiaram uma prisão e libertaram centenas de detentos. Também invadiram e destruíram parte da sede da emissora de TV estatal BTV. As informações são do g1.

Anulação

Como resultado, a Suprema Corte de Bangladesh anunciou a anulação da maioria das cotas para empregos no governo. A decisão determina que 93% dos empregos no setor público sejam preenchidos com base no mérito, deixando 5% para os familiares dos veteranos da guerra de independência do país.

Os 2% restantes são reservados para pessoas de minorias étnicas ou com deficiências. O governo, porém, ainda não respondeu à decisão.

Estudantes argumentam que o sistema é discriminatório e pedem um recrutamento baseado no mérito. Os coordenadores dos protestos dizem que a polícia e o setor estudantil do partido governante Awami League – conhecido como Liga Popular de Bangladesh – têm usado força brutal contra os manifestantes pacíficos, desencadeando uma ampla revolta.

Estimativas sugerem que cerca de 18 milhões de jovens estão procurando emprego em Bangladesh. Pessoas com graduação enfrentam taxas de desemprego mais altas do que seus colegas com menor escolaridade.

*Com informações de Diário do Nordeste

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