A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi às redes sociais, na segunda-feira (19), pedir doações para custear multas judiciais às quais foi condenada. Horas depois da publicação, ela afirmou já ter arrecadado cerca de R$ 166 mil com o apoio de seus seguidores.

STF condena Zambelli a 10 anos de prisão

Na semana anterior, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por unanimidade, a parlamentar a dez anos de prisão pelos crimes de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. A decisão ainda cabe recurso.

Os ministros também determinaram que Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto — igualmente condenado — paguem uma indenização de R$ 2 milhões. A Corte ainda estabeleceu a perda do mandato da deputada.

Parlamentar afirma viver com salário de deputada

“Hoje, venho aqui com o coração apertado, mas com coragem para enfrentar multas milionárias, mesmo sem ter cometido crime, por lutar pelas liberdades que acredito. Antes mesmo do fim do processo, a Justiça já pode exigir esse pagamento — e eu não tenho como arcar sozinha com isso”, escreveu Zambelli.

Ela declarou responder a pelo menos 20 processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposta disseminação de notícias falsas.

“Não está fácil a minha situação. Eu vivo com o meu salário de deputada, que não é baixo, mas que com essa quantidade de multas fica impossível. Preciso levantar recursos para poder pagar as multas no TSE, para pedir tranquilamente a suspensão do meu processo. Quero pedir a sua ajuda. O quanto você puder ajudar“, disse em outro trecho.

Outra condenação: porte ilegal de arma

Em março deste ano, o plenário do STF formou maioria para condenar Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma. O caso se refere a um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a deputada perseguiu um homem armada na região dos Jardins, em São Paulo.

O relator, ministro Gilmar Mendes, fixou a pena em 5 anos e 3 meses de prisão. No entanto, o julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Apesar das decisões da Corte, Zambelli afirma ser vítima de perseguição política.

(*) Com informações da CNN Brasil

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