O Departamento de Estado dos Estados Unidos determinou, nesta terça-feira (27), a suspensão dos novos agendamentos de entrevistas para vistos de estudante e de intercâmbio (F, M e J). A medida é válida para embaixadas e consulados norte-americanos em todo o mundo.

Segundo um telegrama diplomático obtido pela CNN, a suspensão ocorre enquanto o governo norte-americano elabora novas diretrizes para expandir a triagem de redes sociais de todos os requerentes desses vistos.

Triagem nas redes sociais pode se tornar obrigatória

A mensagem, assinada pelo Secretário de Estado Marco Rubio, indica que a suspensão é temporária, mas não informa prazos. Agendamentos já confirmados serão mantidos.

O documento informa que o departamento “está conduzindo uma revisão das operações e processos existentes para triagem e seleção de requerentes de visto de estudante e visitante de intercâmbio (…) e, com base nessa revisão, planeja emitir orientações sobre a expansão da seleção de mídia social para todos esses requerentes”.

Vistos podem atrasar com nova triagem

Embora a checagem de redes sociais já ocorresse em alguns casos, especialmente relacionados a investigações sobre suposto antissemitismo, o governo agora quer aplicar esse processo a todos os solicitantes.

A mudança, segundo o telegrama, pode trazer “implicações potencialmente significativas para as operações, processos e alocações de recursos da seção consular”. O documento instrui os postos consulares a cancelarem agendamentos ainda não preenchidos e a não abrirem novos horários até que a orientação final seja publicada.

Prioridade será para serviços consulares e vistos de imigração

O telegrama reforça que, durante a suspensão, os consulados devem focar em serviços prioritários, como atendimento a cidadãos dos EUA, vistos de imigração e ações de prevenção a fraudes.

Em julho de 2020, o governo Trump também tentou restringir o acesso de estudantes estrangeiros à Universidade Harvard, mas a medida foi barrada por decisão judicial.

O Departamento de Estado ainda não se manifestou publicamente sobre a medida. A CNN aguarda retorno oficial.

(*) Com informações da CNN Brasil

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