O “melhor amigo do homem” é também protagonista nos lares brasileiros. Segundo dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil, os cães representam 38,6% (62,2 milhões) dos 160,9 milhões de animais de estimação do país.

Com a chegada do Dia Mundial do Cachorro, comemorado em 26 de agosto, é essencial refletir sobre como garantir a qualidade de vida desses companheiros, especialmente para prevenir doenças comuns, como o câncer.

A médica veterinária Ádria Camila Souza da Silva alerta que cuidar de um cão exige dedicação total. “Para se ter um cão, é necessário entender que é uma responsabilidade muito grande, que exige alimentação adequada, cuidados com a saúde, tempo para lazer, estímulo à prática de exercícios físicos, paciência e muito amor. Eles dependem integralmente dos tutores, então é preciso perceber cada sinal e comportamento”, afirma.

Câncer canino: um problema crescente e preocupante

Segundo pesquisa de 2021 da Universidade Federal de Santa Maria, um a cada cinco cães pode desenvolver câncer ao longo da vida. A expectativa de vida dos pets aumentou, e com isso cresceu também a incidência de doenças — entre elas, o câncer, que pode estar ligado a fatores genéticos, ambientais e ao estilo de vida.

Ádria, especialista em cirurgia oncológica e reconstrutiva, destaca que a prevenção começa em casa, com atitudes simples, mas fundamentais.

“Tome cuidado com medicações não prescritas por profissionais capacitados; garanta uma alimentação adequada; evite ambientes com exposições e contato com produtos químicos; procure um profissional qualificado; e entenda o momento certo pra castração, pois muitos tumores têm relação com os órgãos reprodutores e o procedimento é eficaz para evitar que isso aconteça”, recomenda.

Identifique os sinais e aja com rapidez

Os tipos mais comuns de câncer em cães incluem pele, mama e próstata. Os sintomas podem variar bastante, de acordo com o órgão acometido.

“Eles podem se manifestar de diversas formas. Carocinhos que crescem, feridas que não cicatrizam, sangramentos recorrentes, vômitos, diarreias, inchaços no corpo ou mudanças de comportamentos representam sinais que merecem atenção imediata”, alerta Ádria.

Ela reforça que o tempo faz toda a diferença na oncologia veterinária. “Quanto antes o diagnóstico, maiores são as chances de um tratamento eficaz, seja ele cirúrgico, clínico ou integrado. Nem toda alteração aparente é motivo de urgência, mas algumas não podem esperar”.

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