A musa da escola de samba Mocidade Independente de Aparecida, Márcia Santos, denunciou nas redes sociais que foi agredida por um motorista de aplicativo na madrugada de domingo (14), ao sair de uma casa de festas em Manaus.

Segundo o relato da vítima, ela solicitou uma corrida de moto por aplicativo e, após embarcar, o condutor desviou a rota e parou em um local isolado. Nesse momento, ele teria sacado uma arma de fogo, feito ameaças e exigido a senha do celular. Ainda conforme Márcia, um segundo suspeito chegou ao local e passou a participar das agressões.

“Começaram a me bater, me bater com um canhão de arma. Pediram a senha do meu celular. Eu dei a senha, que é a única que eu tenho há muitos anos. Começaram a dizer que eu ia morrer. Quando pedi socorro, eles foram embora”, relatou.

Ao perceber a aproximação de outra pessoa, Márcia pediu ajuda e os suspeitos fugiram. Em seguida, ela solicitou outra corrida por aplicativo e foi até a Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), onde registrou a ocorrência.

Versão do motorista

Nesta segunda-feira (15), Ismael Gomes, apontado como suspeito, prestou depoimento no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus. À imprensa, ele afirmou que chegou ao local indicado para a corrida e aguardou a passageira, mas que Márcia não teria aparecido.

Segundo o motorista, ele encerrou a solicitação e aceitou outra viagem, com destino à Praça do Caranguejo, negando que tenha realizado a corrida com a vítima ou tido qualquer contato com ela.

A defesa afirma que as informações podem ser comprovadas por meio dos registros do aplicativo e aguarda imagens de câmeras de segurança da área, que, segundo a equipe, indicariam que o motorista não deixou o local com Márcia.

A Polícia Civil aguarda o depoimento da vítima para dar continuidade às investigações.

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