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Ameaça Russa

Países pedem que cidadãos deixem a Ucrânia diante de ameaça russa

Diplomacia americana diz que russos podem invadir Ucrânia 'a qualquer momento'

Biden descartou novamente a ideia de enviar soldados à Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden pediu ontem que os cidadãos americanos na Ucrânia saiam do país, devido à ameaça de uma invasão russa. Outros países como Japão, Coreia do Sul e Holanda também fizeram o mesmo, diante da escalada de tensão na região.

Os cidadãos americanos deveriam sair agora. As coisas podem acelerar rapidamente“, declarou Biden durante uma entrevista para a NBC News.

Terceira guerra mundial?

Biden citou o número de soldados que a Rússia deslocou para a região da fronteira com a Ucrânia: 100 mil. Ele descartou novamente a ideia de enviar soldados à Ucrânia, nem mesmo para ajudar a retirar os cidadãos americanos em caso de invasão.

Isso seria uma guerra mundial. Quando os americanos e os russos começam a atirar uns nos outros, entramos num mundo muito diferente“, afirmou Biden.

O Ministério de Relações Exteriores do Japão publicou nesta sexta uma nota em que pede para seus cidadãos deixarem a Ucrânia imediatamente. Há cerca de 150 japoneses no país, segundo o ministério. A Holanda e a Coreia do Sul também fizeram o mesmo pedido aos seus cidadãos.

A recomendação mais recente do governo brasileiro, de 31 de janeiro, diz que “não há, no momento, nenhuma recomendação de segurança da embaixada brasileira contrária a visitas ou à permanência na Ucrânia“.

Nesta sexta-feira, Antony Blinken, o chefe da diplomacia americana, disse que a Rússia continua enviando tropas para sua fronteira com a Ucrânia e afirmou que a invasão pode começar “a qualquer momento“, inclusive durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China.

A invasão pode acontecer a qualquer momento e, sejamos claros, pode ocorrer inclusive durante os Jogos Olímpicos“, afirmou, referindo-se a hipóteses lançadas sobre o desejo da Rússia de esperar que o evento esportivo termine para não ofuscar seu aliado, a China.

Eles já começaram a evacuar parte de seus funcionários da embaixada e familiares. Esta declaração não mostra nenhuma mudança radical na situação“, acrescentou.

Exercícios militares na Belarus

A entrevista com Biden foi ao ar após o início de importantes manobras conjuntas entre os exércitos russo e belarrusso às portas da Ucrânia, diminuindo as esperanças de uma desescalada após semanas de intensos esforços diplomáticos na Europa.

Estes exercícios, concentrados principalmente na região da Belarus de Brest, fronteiriça com a Ucrânia, envolvem o envio de mísseis e armamento pesado e, segundo os Estados Unidos, de 30 mil soldados russos adicionais.

A Otan garantiu que o envio de mísseis, armamento pesado e soldados armados a esse país situado ao norte da Ucrânia era “um momento perigoso para a segurança da Europa“, que vive os momentos de maior tensão desde a Guerra Fria.

O mandatário alemão se reuniu com líderes dos países bálticos nesta quinta-feira e alertou a Rússia para “não subestimar a união e a determinação como membro da União Europeia e aliando da Otan“.

A Rússia também enviou seis navios de guerra através do Bósforo para a realização de exercícios navais no mar Negro e no mar de Azov.

Diante da indignação europeia, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, classificou de “incompreensível” a preocupação com os exercícios militares e alertou que “ultimatos e ameaças não levam a lugar algum“.

Presidente da Romênia: Rússia quer intimidar

O presidente da Romência, Klaus Iohannis, disse que essa é uma das crises mais grave desde a queda da Cortina de Ferro. O romeno Iohannis afirmou que Rússia tem uma estratégia de intimidação.

Dezenas de tanques americanos de transporte de tropas, que antes estavam estacionados na Alemanha, chegaram à Romênia nas últimas 36 horas.

Sem cooperação entre Rússia e Reino Unido

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, disse nesta sexta-feira (11), em reunião com seu homólogo do Reino Unido, Ben Wallace, que as relações entre os governos dos dos países estão em ponto baixo em meio às tensões sobre a Ucrânia.

Infelizmente, o nível da nossa cooperação está perto de zero e prestes a cruzar o meridiano zero e se tornar negativo, o que não é desejável“, declarou Shoigu, conforme agências russas de notícias.

Sanções econômicas

Para os EUA, a Rússia se prepara para lançar uma nova operação militar contra a Ucrânia, após a anexação da Crimeia, em 2014. O governo da Rússia nega qualquer intenção bélica e afirma que deseja garantir sua segurança diante do que considera um comportamento hostil de Kiev e da Otan.

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