No último final de semana, especialistas em política sanitária se manifestaram em redes sociais confessando indignação com o comportamento político de parte da sociedade brasileira com relação ao atraso no processo de vacinação de crianças menores de 11 anos. Até agora, a vacinação não chegou a 20% das crianças.
Conforme os especialistas, o Brasil ocupa o nono lugar num ranking de dez países que disponibilizam o detalhamento por data e idade, atrás de Canadá, Austrália, Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos, França, Chile e Itália.
Segundo eles, é vergonhoso o Brasil repetir a mesma performance da França, onde a negação da vacina também prejudica a imunização de crianças.
Mas, sobretudo, os especialistas culpam os políticos negacionistas pelo fracasso que está sendo a vacinação de crianças na nação verde-amarela em pleno período de volta às aulas. Além do negacionismo, a lentidão da campanha vacinal em vários municípios, como ocorre em alguns lugares do Amazonas, ajuda a piorar a situação.
As longas polêmicas envolvendo as normas que deveriam nortear a aplicação dos imunizantes levaram o país a começar tardiamente a vacinação. Na América do Sul, enquanto Argentina e Uruguai largaram na frente, em setembro de 2021, o Brasil só iniciou a vacinação em dezembro, a trancos e barrancos.
Os clamores da ciência foram atirados na lata do lixo. O país patina. E no Amazonas, a Assembleia Legislativa (Aleam) aprecia um projeto de lei, de autoria de parlamentares negacionistas, que tenta derrubar a obrigatoriedade do esquema vacinal. Nada mais ridículo.
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