Manaus (AM) – Há poucos dias das eleições 2022, a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica das Eleições Gerais realizou uma reunião, nesta quarta-feira (14), com representantes políticos de diferentes partidos para apresentar detalhes sobre a auditoria das urnas eletrônicas. O encontro aconteceu na capital amazonense, no Auditório Juiz Fausto Ferreira dos Reis no Fórum Eleitoral de Manaus.
A reunião, realizada pelo presidente da comissão, o desembargador Marcelo da Costa Vieira, e pela diretora geral do TRE-AM, Melissa Lavareda, também foi instalada para apresentar quem são os membros da comissão, com a participação de jornalistas, coligações, federações e outras entidades fiscalizadoras.
Entre os principais pontos abordados, a comissão deu destaque à logística e segurança de armazenamento, assim como também o transporte de equipamentos até as zonas eleitorais.
Conforme o desembargador Marcelo da Costa, a reunião possui uma grande importância para oferecer transparência durante o processo eleitoral democrático. Nesse sentido, a população se sente mais segura para escolher seus representantes políticos. Já Melissa Laverda ressalta que a estrutura da auditoria é ainda maior, em comparação com as já realizadas anteriormente.
Durante a reunião, foi apresentado o cronograma das ações que serão desenvolvidas na auditoria. Um dos momentos mais importantes é o Teste de Integridade, o qual simula uma votação normal em urnas sorteadas, a partir de cédulas preenchidas.
Reforço de segurança
Nestas eleições, a capital amazonense foi escolhida, assim como outras cinco capitais, para ser base das operações das Forças Armadas. A informação foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Defesa. Vão participar das ações para aumentar a segurança no dia das eleições a Marinha, Exército e a Força Aérea.
Para o vereador e candidato a deputado federal, Rodrigo Guedes (Republicanos), a presença das Forças Armadas vai tornar o processo eleitoral ainda mais ‘tranquilo’.
“Eu realmente não vejo problema nenhum a presença das Forças Armadas. Muito pelo contrário, acho bom que nunca é demais a gente ter segurança e vigilância mesmo. Principalmente em relação a crimes eleitorais. Acredito que as eleições vão ser as mais tranquilas possíveis do ponto de vista da segurança institucional”,
afirmou.
O deputado estadual Dermilson Chagas (Republicanos) também vê a participação das Forças Armadas em Manaus de forma positiva. Conforme o parlamentar, as Forças Armadas conseguiram ocupar o espaço vazio nas eleições anteriores em relação a segurança.
“Eles transportam urnas, tiram urnas, fornecem aeronave e helicópteros. Eles têm um papel fundamental, a participação deles nesta eleição vai ser como nas outras. Eles têm uma contribuição fundamental para a democracia do nosso país, por dar a possibilidade do cidadão que mora em comunidades distantes e isoladas votar. Esta é a democracia. O exército, as forças armadas estão aí para fortalecer o processo democrático de direito”,
pontuou.
De acordo com o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), a presença de militares é importante para trazer segurança, e não para fiscalizar as urnas, cabendo apenas a atuação do TSE, dos partidos políticos e do Ministério Público Eleitoral (MPE) a realização da vistoria.
“Agora em relação a segurança, entendo que a presença dos militares é muito importante, é muito bem-vinda. Sempre foi assim, existem municípios que não tem o efetivo da Polícia Militar considerável, e todos anos a Justiça Eleitoral solicita, e as forças armadas atendem. Então, eu creio que isso continua como sempre foi no Brasil”,
observou.
Os seis comandos operacionais atuarão nas regiões que precisam de reforço de segurança por eventuais problemas de logística no dia da votação e apuração dos votos. Além de Manaus as Forças Armadas vão atuar em Brasília, Belém, Recife, Rio de Janeiro e Campo Grande.
A prerrogativa de acionar o uso das Forças Armadas é do Presidente da República. Porém, normalmente, durante o processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica quais locais devem receber a atuação das Forças Armadas, assim como o serviço prestado.
A escolha das regiões ocorre após o TSE recolher as necessidades de cada local. Depois repassa as informações para o Ministério da Defesa.
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