Brasília – A duas horas do encerramento da votação neste domingo, 2, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, minimizou eventuais tentativas contestação dos resultados da eleição por candidatos e autoridades públicas, como as Forças Armadas.
O ministro recorreu à uma analogia futebolística para defender que questionamentos às informações registradas nas urnas eletrônicas devem ser tratadas pela Justiça Eleitoral como reclamações de torcedores cujos times foram derrotados em campo – ou seja, sem relevância ou capacidade de mudar o final da disputa.
Segundo Moraes, eleitores e candidatos descontentes com o resultado do processo devem guardar as queixas para si.
“Sou Corintiano, todos sabem. Até hoje contesto a vitória do Internacional, em 1976, com aquela bola que bateu na trave e foi dado gol. Eu fico com minha contestação para mim mesmo e é assim que o TSE vai tratar quem contestar as eleições”, afirmou.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, sinalizou que a corte não aceitará contestações ao resultado das urnas. A possibilidade de os resultados das urnas serem contestados publicamente por candidatos derrotados paira sobre o TSE.
As Forças Armadas realizam em cerca de 300 urnas espalhadas pelo País uma espécie de “contagem paralela” dos votos, que consiste em comparar os boletins impressos contendo os votos em cada candidato com os dados divulgados ao final da apuração pela Justiça Eleitoral.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dado indicativos de que utilizará o relatório elaborado pelos militares para questionar os sistemas de votação.
Como antecipou o Estadão, diante dos riscos que se apresentam, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu ampliar em 50% o número de técnicos designados para fazer auditoria nas urnas eletrônica, que tem sido chamada nos bastidores de fiscalização da “apuração paralela dos militares”.
Mesmo diante da possibilidade de crises institucionais decorrentes da contestação dos resultados, Moraes tem evitado dar declarações mais enfáticas sobre como reagirá.
Durante a entrevista no TSE, Moraes garantiu que a Justiça Eleitoral não terá de lidar com o “problema” das contestações.
Ele explicou que o procedimento previsto nesses casos é o de confrontar as alegações dos eleitores e candidatos que apontam fraudes com os resultados registrados nos boletins enviados aos Tribunais Regionais Eleitorais e ao TSE.
*Com informações da assessoria
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