Manaus (AM) – Nesta quinta-feira (24), a Comissão de Sindicância da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) iniciou a apuração, no âmbito da instituição, da denúncia de irregularidade administrativa do professor Hélder Binda Pimenta, concursado da disciplina de Anatomia da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA).
O reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, pontuou que a medida é para obter respostas do ponto de vista institucional. “A Comissão é constituída por dois advogados e dois patologistas. São profissionais qualificados para avaliar o caso”, afirmou o reitor.
A presidente da Comissão de Sindicância e professora da UEA, Patrícia Fortes Attademo Ferreira, informou que todo o processo correrá sob sigilo por parte da instituição. “Hoje vamos disponibilizar a ata de abertura da sindicância com as providências da Comissão para iniciar as oitivas e colher os depoimentos”, explicou a gestora.
Participaram da reunião da Comissão, o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, o procurador jurídico da UEA, David Xavier, os membros da Comissão, Tiago Novaes Pinheiro (docente vinculado à Escola Superior de Ciências da Saúde) e Antonio Eduardo Martinez Palhares (docente vinculado à Escola Superior de Ciências da Saúde), além do secretário da Comissão, Wandrey Cristiano de Jesus Vieira.
Operação Plastina
A Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Plastina’, na manhã da última terça-feira (22). Na ação, cumpriu dois mandados de busca e apreensão, um no Laboratório de Anatomia na UEA e um na casa do investigado.
As investigações apontam que o professor enviou órgãos humanos plastinados para Singapura. Entre eles, uma mão e três placentas de origem humanas. O destinatário seria um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de natureza humana.
Após deflagrar a operação, o objetivo agora é identificar, por meio dos materiais recolhidos, se há participação de outras pessoas. Além disso, descobrir a origem dos órgãos.
Caso haja a confirmação do crime de tráfico internacional de órgãos, o investigado poderá responder pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até 8 anos de reclusão.
*Com informações da assessoria
Edição: Leonardo Sena
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