Em plena reta final do segundo turno da campanha eleitoral no país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) esqueceram que a Amazônia existe e que, apesar de sua importância para o equilíbrio climático do planeta, deveria, e deve, ser prioridade nos debates travados no atual desfecho do processo presidencial versão 2022.
No último domingo, assistiu-se, no debate entre os dois candidatos, a um feroz confronto envolvendo a pandemia do coronavírus e a corrupção. Tudo dentro de um padrão tipo terceiro clero de política de brejo seco, ou de beira de igarapé. Na pauta televisiva, as querelas sobre vacinas, ódio religioso e até pedofilia.
De certo modo, o enfrentamento verbal em função da crise viral até que poderia ser justificado se Lula e Bolsonaro, em consequência da tragédia que resultou na morte de mais de 600 mil brasileiros pela Covid-19, tivessem debatido os parâmetros que apontassem para a elaboração de um grande plano de política sanitária, tão necessário em um país que parece não ter aprendido nada com a pandemia e que, portanto, não consegue fazer evoluir um mínimo de planejamento no sentido de evitar um novo caos do sistema de saúde como o ocorrido em 2020 e 2021.
Também o embate no que concerne à corrupção teria sido palatável se os dois contendores tivessem apresentado propostas apontando para a criação de mecanismos capazes de fortalecer a Lei da Ficha Limpa, valorizar o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, Lula e Bolsonaro viraram as costas para as pautas maiores, ignorando completamente a Amazônia.
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